Tony Blair: "Militarismo alemão é coisa do passado"
20 de novembro de 2001O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, classificou como sinal da modernidade, que a Alemanha se ponha lado a lado com a Grã-Bretanha na luta de defesa contra o terrorismo internacional. Como cidadãos de uma das potências líderes na Europa, os alemães devem ficar orgulhosos por este engajamento e pela solidariedade com os Estados Unidos, afirmou em Nurembergue o convidado de honra da convenção partidária do SPD – Partido Social Democrático da Alemanha. Segundo Tony Blair, o momento atual exige "coragem para demonstrar força". O militarismo alemão pertence ao passado, acrescentou.
O chefe do governo defendeu as medidas rigorosas contra o terrorismo. A Europa foi tão atingida pelos ataques terroristas como os Estados Unidos, afirmou Blair. Mas é preciso demonstrar também o mesmo engajamento na formação de um governo de base ampla em Cabul e na reconstrução do Afeganistão, ressaltou.
Apoio à política de Schröder
Antes do discurso de Tony Blair, os delegados à convenção nacional do SPD tinham aprovado as ações militares como instrumento de combate ao terrorismo, dando assim pleno apoio à política proposta pelo chanceler Gerhard Schröder. Antes da votação, o presidente do SPD e chefe do governo alemão fez um apelo aos delegados para que dessem a sua aprovação às diretrizes oficiais, que são anteriores ao dia 11 de setembro. Schröder conclamou os social-democratas a combaterem energicamente qualquer tipo de antiamericanismo no seio do partido.
No debate a respeito dos fundamentos da política exterior, a maioria dos oradores manifestou completo apoio à linha política do chanceler, ainda que houvessem alguns tons críticos, vindos especialmente daqueles que temem danos à imagem do SPD como partido pacifista.