TOP 5 – Cinco soluções para um trânsito melhor
30 de março de 2013O Futurando 29 mostrou um estacionamento na Alemanha que utiliza um elevador de carros e um sistema de visualização das vagas para organizar os veículos sem ocupar muito espaço. Segundo uma estimativa da Agência Internacional de Energia, em 2035 o número de carros nas ruas pode chegar a 1,7 bilhão. Mas como enfrentar um trânsito deste tamanho? Conheça algumas saídas para o problema já adotadas em grandes cidades.
1. Pistas para carros com mais passageiros
Uma opção para diminuir o número de carros nas ruas é incentivar a carona. Nos Estados Unidos existem pistas exclusivas para automóveis com mais de dois ou três passageiros. A High Occupancy Vehicle, ou pista para veículo de alta ocupação, permite que automóveis com mais pessoas possam transitar por uma faixa exclusiva nos horários de pico. As vias são sinalizadas com um símbolo de um diamante e o número mínimo de pessoas requeridas para aquela região. Em algumas cidades, além de pistas especiais, há também a isenção de pedágios. Nos horários de menos movimento, as pistas ficam disponíveis para todos os veículos.
2. Selos ambientais e zonas de baixas emissões de poluentes
Com a implantação das zonas ambientais, em 2008, a Alemanha buscou amenizar dois problemas: o trânsito e a qualidade do ar nas cidades. Estas áreas exigem um selo em cada carro. Os automóveis são classificados com selos da cor verde, amarela e vermelha, de acordo com o nível de emissões. Só os carros menos poluentes podem entrar nas zonas ambientais. São 54 áreas deste tipo distribuídas por todo o país. Mesmo assim, em 2011 a Alemanha atingiu seu maior índice de poluição do ar. Mas as autoridades destacam que a situação é melhor com estas zonas do que seria sem elas.
3. Pedágio Urbano
Cobrar pedágio nas áreas centrais da cidade mostrou ser uma solução de sucesso em Londres e em Cingapura. Os recursos arrecadados no pedágio são investidos no transporte público. Cingapura aderiu ao modelo em 1975, e a procura pelo transporte público cresceu 63%, fazendo o número de carros diminuir significativamente. Em Londres, o pedágio urbano foi implantado em 2003, e pesquisas apontam que, apesar da diminuição de veículos nas ruas centrais, não houve uma redução da poluição. Em São Paulo, o sistema ainda gera polêmica; em Porto Alegre a opção foi totalmente descartada. Os cidadãos não querem pagar ainda mais para transitar pela cidade.
4.Compartilhamento de carros
O chamado carsharing pode ser também uma solução para diminuir a quantidade de carros nas ruas. O serviço, disponível em algumas cidades brasileiras desde 2009, é bastante difundido em grandes metrópoles de todo o mundo. Pelo modelo, o motorista pode utilizar o carro e deixá-lo no destino para que o próximo usuário o dirija. Em Paris, uma empresa de carros elétricos que oferece o serviço já tem mais de 37 mil usuários, e mais de mil pessoas aderem ao sistema toda semana. Na maioria dos casos, o condutor precisa buscar e deixar o veículo em pontos específicos. Na Alemanha, mais de 100 empresas oferecem este serviço. E atualmente os próprios fabricantes de automóveis estão entrando neste mercado.
5. Corredores e faixas exclusivas para o transporte público
Curitiba e Bogotá já utilizam esta solução, e cada vez mais cidades aderem ao modelo. Garantir uma faixa exclusiva para o transporte público é uma maneira de garantir agilidade no percurso. O sistema é utilizado em Curitiba desde 1974. A cidade foi pioneira na modalidade, que funciona tão bem quanto um metrô. Nas duas cidades também circulam ônibus biarticulados, levando um maior número de pessoas por trajeto. São até 250 pessoas por viagem. Em Bogotá, cerca de 1 milhão e meio de passageiros são transportados todos os dias por esse sistema.