Top 5 – Recifes de corais
12 de janeiro de 2013O "Futurando" desta semana mostrou a tecnologia usada para permitir a aproximação precisa dos barcos para a coleta de material. Além de trazer pistas sobre mudanças e eventos climáticos, os pesquisadores podem entender melhor como proteger esse ecossistema tão delicado.
Essas comunidades de vida marinha estão sob constante ameaça. Dados publicados pelo jornal da Sociedade Internacional de Estudos de Corais dão conta que entre 1986 e 2004 a cobertura de corais vivos da grande barreira australiana, a maior reserva do gênero do mundo, reduziu de 28% para 22%, apesar das leis que protegem a área desde a década de 1980.
No Brasil, existem algumas concentrações coralíneas, embora mais esparsas do que a grande barreira australiana. Vale dizer que esse tipo de formação marinha ocorre apenas em regiões de águas quentes.
1. Grande barreira de corais australiana
Trata-se da maior concentração de corais do mundo, ocupando uma área de aproximadamente 348 mil quilômetros quadrados formada por cerca de 2.500 recifes individuais, bastante próximos uns dos outros, ao longo da costa leste australiana. São pequenas ilhas de várias formas e tamanhos, que juntas reúnem ao menos 400 tipos de corais, 1.500 espécies de peixes e 4 mil tipos de moluscos. Em alguns pontos, a água chega a 2 mil metros de profundidade. Desde 1981 a grande barreira de corais possui o status de Patrimônio da Humanidade da Unesco.
2. Lagoas da Nova Caledônia
A biodiversidade das lagoas da Nova Caledônia também as elevaram à condição de Patrimônio Mundial da Unesco a partir de 2008. Trata-se da segunda maior concentração de corais do mundo e, ao mesmo tempo, o terceiro maior depósito de níquel do planeta, o que deixa ambientalistas em constante estado de alerta. A Nova Caledônia é um dos territórios ultramarinos da França. O arquipélago é o habitat de uma série de animais marinhos ameaçados como tartatugas, baleias e o dugongo, um mamífero aquático da mesma ordem do peixe-boi.
3. Sistema mesoamericano de barreiras de recifes
Ao longo das costas do México, Belize, Guatemala e Honduras se estende um importante sistema de recifes de corais por mais de mil quilômetros. Em sua extensão estão diversas áreas de preservação ambiental, como o Parque Nacional de Arrecifes de Cozumel, a Barreira de Corais de Belize, a Reserva Marinha de Hol Chan, a biosfera de Sian Ka'an e o Parque Marinho de Cayos Cochinos. São cerca de 60 espécies de corais, 500 tipos de peixes e 350 diferentes moluscos que convivem em harmonia. O sistema disputa com as Lagoas da Nova Caledônia o posto de segunda maior concentração de corais do mundo. A posição das duas diverge conforme as diferentes fontes.
4. Barreira de corais de Andros
A ilha de Andros fica a poucas milhas náuticas de Miami, na Flórida. Mas apesar dessa proximidade a um dos mais importantes destinos turísticos dos Estados Unidos, leis que regulamentam a construção de hotéis e resorts conseguem manter os recifes de corais preservados e com um baixo grau de interferência humana. O complexo de corais se estende por cerca de 200 quilômetros. Sua posição voltada para o oriente permite uma grande entrada de luz solar, o que favorece a proliferação de espécies ao longo da estrutura e aumenta a visibilidade em mergulhos. A barreira de Andros também é famosa por suas esponjas em águas profundas.
5. Atol das Rocas
Embora o Atol das Rocas esteja bem distante de figurar entre as maiores formações coralíneas do mundo, é a mais bem preservada do Brasil. Foi a primeira unidade de conservação marinha do país, criada em 1979. Único no Atlântico Sul, o atol é formado por um anel de arrecifes e duas pequenas ilhas. São 7,2 quilômetros de superfície, mas a reserva se estende por 360 quilômetros quadrados. Trata-se de uma área desabitada, com a exceção de um posto de vigilância e de pesquisadores autorizados. O Atol das Rocas é uma importante área de reprodução de tartarugas e aves.