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Memória

25 de agosto de 2010

Exposição permanente no Centro de Documentação "Topografia do Terror", centrada no papel da capital durante o "Terceiro Reich", substitui mostra provisória e rastreia história da cidade sob o nazismo.

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Portão de Brandemburgo: tomada do poder pelos nazistas, em 1933Foto: HO

Desde 1987 que a mostra vem atraindo um total de dois milhões de visitantes. Agora, nos porões das antigas centrais da Gestapo e da SS na capital alemã, localizadas onde passava também o Muro de Berlim, a exposição "Berlim 1933-1945. Entre a propaganda e o terror", inaugurada nesta quarta-feira (25/08), tematiza a história da cidade desde a ascensão dos nazistas ao poder, em 1933, até o fim da Segunda Guerra e a consequente divisão da cidade.

A mostra é a primeira exposição completa da história de Berlim sob o regime nazista, diz Andreas Nachama, diretor do Centro de Documentação, inaugurado em maio último. Segundo ele, muitos documentos relativos ao período permaneceram inacessíveis durante a divisão da cidade pelo Muro e só puderam ser avaliados após a reunificação do país.

Destinos individuais

Em 77 painéis explicativos, acompanhados de textos, vídeos e áudios disponíveis ao visitante, a exposição procurar suprir uma lacuna de conhecimento sobre a cidade durante o regime nazista.

"O observador dos painéis pode se aprofundar na história dos destinos individuais, naquilo que a política provocou na vida de cada um", comenta o diário berlinense Der Tagesspiegel. Ou seja, uma das prioridades da mostra é traçar paralelos entre a vida privada dos habitantes da cidade e vítimas do regime e as condições impostas pela ditadura nazista, observa o jornal.

Baustelle Dokumentationszentrum Topographie des Terrors Flash-Galerie
Visitantes informam-se sobre história da cidade sob o nazismoFoto: Bildwerk, Berlin

Organizada por Claudia Steur e Mirjam Kutzner, é possível acompanhar cronologicamente a história da cidade a partir de 1933. "Na capital alemã, os nazistas não tinham apenas a sede de seus ministérios, mas também os mais importantes departamentos responsáveis pelo terror da época", escreve Nachama no prefácio do catálogo que acompanha a exposição.

O primeiro e o último capítulos pincelam aspectos de Berlim antes e depois do nazismo, respectivamente. "Para mim, o sinal mais importante da história contemporânea da cidade é sua ambivalência", salientou o historiador Peter Steinbach citado pelo diário Der Tagesspiegel.

NL/dpa

Revisão: Soraia Vilela