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Twitter age contra teoria da conspiração pró-Trump

22 de julho de 2020

Rede social fecha contas e limita propagação de conteúdo relacionado à QAnon, uma teoria da conspiração que é classificada como potencial ameaça à segurança pelo FBI.

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Apoiadora de Trump com bandeira da QAnon
Apoiadora de Trump vai a evento com o presidente exibindo bandeira da QAnonFoto: AFP/Getty Images/S. Olson

O Twitter anunciou nesta terça-feira (21/07) que vai agir com rigor contra a disseminação na rede social de tuítes relacionados à teoria da conspiração conhecida como QAnon, incluindo o fechamento de contas e a limitação da circulação de conteúdo.

A empresa justificou sua decisão afirmando que conteúdo relacionado à QAnon tem real potencial de causar danos offline. Segundo o Twitter, mais de 7 mil contas já foram fechadas nas últimas semanas, e um total de 150 mil deverá ser afetado de alguma maneira nos próximos dias.

URLs (endereços de internet) associados à QAnon não poderão ser compartilhados, e tuítes associados à QAnon não serão mais recomendados nem aparecerão em trends, anunciou a empresa.

QAnon é uma teoria da conspiração da extrema direita americana centrada na crença de que o presidente Donald Trump enfrenta uma campanha secreta liderada por inimigos do "Estado profundo" (deep-state, em inglês), termo usado para designar uma elite das áreas política, econômica e cultural que adora satã e abusa de crianças, segundo essa crença.

O nome se refere a um suposto informante, conhecido como Q, que estaria revelando, de dentro do governo, como Trump estaria liderando essa guerra secreta.

As origens da teoria da conspiração estão no chamado Pizzagate, uma teoria da conspiração que afirmava que a ex-candidata à Presidência Hillary Clinton e outros democratas estariam no centro uma rede de pedofilia, conduzida a partir do porão de uma pizzaria em Washington.

O QAnon evoluiu de uma teoria na internet para um fenômeno político. Seguidores de Trump vão a comícios e outros eventos vestindo roupas e chapéus com símbolos e palavras de ordem da QAnon.

Adeptos da teoria da conspiração estão envolvidos em incidentes armados e ao menos um assassinato. Em 2019, o FBI designou a QAnon como uma potencial ameaça à segurança interna nos Estados Unidos.

Trump já publicou conteúdo relacionado à QAnon na sua conta no Twitter, e diversos candidatos republicanos ao Congresso já declararam apoio a essa teoria da conspiração.

AS/lusa/ap/rtr

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