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Poroshenko: Ucrânia estará pronta para a UE em 5 anos

27 de abril de 2015

Durante encontro com representantes europeus em Kiev, presidente ucraniano mostra disposição do país em aderir ao bloco e pede envio de missão de paz ao leste em conflito. UE, por sua vez, exige severas reformas.

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Donald Tusk (e), Petro Poroshenko (c) e Jean-Claude Juncker (d)Foto: Reuters/G. Garanich

Durante uma cúpula com representantes da União Europeia nesta segunda-feira (27/04) em Kiev, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse que em cinco anos o país estará apto a ingressar no bloco europeu.

Para isso, no entanto, a UE voltou a exigir que a ex-república soviética implemente reformas políticas e econômicas, consideradas essenciais para a entrada no bloco. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, destacou que as reformas serão "doloridas", mas extremamente necessárias, inclusive para combater a corrupção no país assolado por uma crise econômica.

Tusk anunciou ainda uma missão da UE para averiguar de qual tipo de ajuda a Ucrânia, sob risco de falência, precisa. "Você tem um inimigo poderoso, mas também tem vários amigos. E poderá contar com a ajuda dos amigos. Mas isso não será suficiente se você mesmo não mudar a Ucrânia", disse Tusk a Poroshenko ao desembarcar em Kiev.

Este foi o primeiro encontro da União Europeia com a Ucrânia desde a assinatura do acordo de associação entre Kiev e Bruxelas, em junho do ano passado.

Segundo o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o acordo de livre comércio vinculado à associação deverá entrar em vigor em 1º de janeiro de 2016. Sob pressão da Rússia, a data de entrada em vigor deste acordo chegou a ser adiada uma vez, e agora o presidente ucraniano quer que os Estados-membros ratifiquem o documento.

Durante o encontro, Poroshenko pediu ainda a suspensão da exigência de visto para trânsito de cidadãos ucranianos nos Estados europeus e, ainda, que a UE desempenhe um papel mais ativo no processo de paz na região de Donbass.

Poroshenko também requisitou apoio europeu ao envio de negociadores internacionais de paz às regiões ainda em conflito, apesar do acordo de cessar-fogo assinado em Minsk em fevereiro passado. Líderes europeus, no entanto, têm resistido aos apelos de Kiev. "Sabemos das expectativas da Ucrânia, mas é impossível enviar uma missão militar", afirmou Tusk.

Observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) afirmaram que intensos confrontos foram registrados no domingo nas proximidades da vila de Shyrokyne, no leste ucraniano. Segundo monitores, estes seriam os piores confrontos desde que os conflitos começaram nesta região, em fevereiro passado.

MSB/dpa/ap/afp