UE quer retomada do plano de paz no Oriente Médio
5 de novembro de 2004Reunidos em Bruxelas, os chefes de Estado e de governo da União Européia (UE) sugeriram ações concretas para impulsionar o processo de paz no Oriente Médio e para a concretização de um Estado Palestino independente.
Num documento elaborado por Javier Solana, encarregado de Relações Exteriores da União Européia, e divulgado nesta sexta-feira (05/11), o bloco advertiu para a necessidade de reativar o plano internacional de paz (Road Map). "Está se fechando rapidamente a janela para a criação de dois Estados (Israel e Palestina)", advertiu Solana, segundo o qual "o processo de paz enfrenta uma perigosa fase de paralisação".
Aproveitar oportunidade estratégica
Encerrada a eleição presidencial nos Estados Unidos, a União Européia espera agora um maior engajamento de Washington no Oriente Médio. O plano de paz, elaborado pela União Européia, Rússia, Estados Unidos e Nações Unidas, prevê a criação de um Estado palestino em 2005, com o reconhecimento de Israel. A decisão do premiê israelense Ariel Sharon de desocupar a Faixa de Gaza é uma "oportunidade estratégica" que deve ser integrada ao processo de paz, salientou Solana.
No documento elaborado por Javier Solana, a União Européia pretende, já em janeiro e em cooperação com o Egito, iniciar um programa para a reforma da polícia palestina e apoiar a organização de eleições "que obedeçam a padrões internacionais". Ao mesmo tempo, os europeus esperam um maior engajamento e planos concretos do lado palestino. Israel, por seu lado, não deve impedir as reformas palestinas, advertiu o chefe da diplomacia da EU.