Uefa ameaça eliminar Inglaterra e Rússia da Eurocopa
12 de junho de 2016A Uefa alertou neste domingo (12/06) que se voltarem a acontecer incidentes entre torcedores de Inglaterra e Rússia, como os registrados em três dias consecutivos em Marselha, as seleções dos dois países poderão ser eliminadas da Eurocopa.
Depois de três dias de violência na zona do porto velho de Marselha, os incidentes alastraram-se no sábado às imediações e ao interior do estádio Vélodrome, palco do empate entre ingleses e russos (1 a 1), pelo Grupo B do torneio.
O fato de ter havido brigas dentro e nas imediações do estádio permite à Uefa agir – a entidade já tinha condenado veementemente os episódios de violência, mas esclarecido que só poderia adotar sanções contra as seleções por acontecimentos dentro do perímetro de competição.
"Tal comportamento é inaceitável pelos supostos torcedores de Inglaterra e Rússia, que não têm cabimento no futebol, um esporte que devemos proteger e defender", diz a Uefa em comunicado.
No comunicado, a entidade máxima do futebol europeu afirma que advertiu as federações de Inglaterra e Rússia e que, independentemente das decisões adotadas pelas autoridades franceses, não hesitará "em decretar punições, incluindo a potencial desclassificação das respectivas equipes do torneio, no caso deste tipo de violência ocorra de novo".
"Pedimos às federações inglesa e russa que exijam que seus torcedores se comportem de uma maneira responsável e respeitosa", diz a nota da Uefa. Mais de 30 pessoas ficaram feridas, quatro delas em estado grave, nos três dias de violência. Dez estão detidas pela polícia.
As autoridades da França defenderam o esquema de segurança usado em Marselha e garantiram que vão corrigir alguns pontos do dispositivo usado na Eurocopa.
Neste domingo, o ministro Bernard Cazeneuve defendeu que as cidades avaliem banir o consumo de álcool nos arredores de estádios. Para ele, as federações inglesa e russa deveriam ser punidas.
"É absolutamente necessário que as federações nacionais das quais os torcedores criaram os incidentes sejam punidas pelo que aconteceu dentro e fora do estádio", afirmou o ministro.
RPR/afp/dpa