UE reforça sanções à Coreia do Norte
18 de fevereiro de 2013A União Europeia (UE) expandiu nesta segunda-feira (18/2) as sanções contra a Coreia do Norte, quase uma semana após o regime de Pyongyang ter feito um teste nuclear subterrâneo, em clara afronta às resoluções da ONU.
Reunidos em Bruxelas, os ministros do Exterior dos 27 países-membros concordaram com o embargo a equipamentos que possam vir a ser utilizados nos programas nuclear e de mísseis balísticos.
O país comunista já havia realizado, em dezembro último, o lançamento de um satélite na órbita terrestre, o que aumentou os temores das nações ocidentais de que o regime em Pyongyang possa desenvolver mísseis balísticos capazes de transportar ogivas nucleares.
Os ministros da UE também concordaram em proibir o comércio de títulos do governo norte-coreano, bem como de ouro, metais preciosos e diamantes. Os bancos do país estão proibidos de abrir filiais na União Europeia, e os bancos europeus não podem se instalar no país de Kim Jong-un.
A ampliação das sanções também inclui mais empresas e indivíduos norte-coreanos numa "lista negra", que impõe proibições de viagem e congela contas bancárias.
"Essa é uma resposta ao programa nuclear que representa um grande risco não apenas à região, mas também à segurança mundial", afirmou o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, em Bruxelas. "A Coreia do Norte, ao realizar testes nucleares e lançamentos de foguetes, violou leis internacionais."
Início da missão de treinamento no Mali
Os ministros também formalizaram o envio de uma missão de treinamento ao Mali. Um grupo de 70 soldados da UE já está na capital, Bamako. Segundo o general Patrick de Rousiers, chefe do comitê militar da União Europeia, esse número deverá dobrar em meados de março.
Até o início de abril, mais de 400 consultores militares estarão treinando quatro batalhões maleses de 650 homens cada. A missão de treinamento da UE no Mali (EUTM) tem mandato de 15 meses, com limite máximo de 500 soldados, e deverá custar em torno de 12,3 milhões de euros.
A Alemanha contribui para a EUTM com 40 treinadores militares e 40 oficiais médicos. Participam da iniciativa em torno de 20 países, incluindo a Noruega, que não é país-membro da UE.
A missão de treinamento europeia terá como objetivo, além de repassar conhecimentos militares, reforçar noções de direitos humanos e de respeito à lei. As tropas do governo foram acusadas de crimes contra a humanidade, durante a tentativa de recuperar o norte do país das mãos dos rebeldes.
RC/dpa/afp/rtr
Revisão: Alexandre Schossler