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Universidade de elite

(ca)13 de dezembro de 2006

Fantasia, abertura para o mundo e inteligência criativa caracterizam a Universidade Ludwig Maximilian de Munique, escolhida como uma das universidades de elite da Alemanha.

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Inaugurado em 2004, o Biocentro da universidade bávara ocupa 10 mil hectaresFoto: AP

Quando o duque Ludwig da Baviera-Landshut, conhecido como Ludwig, o Rico, fundou em 1472 a primeira universidade da Baviera em Ingolstadt, ninguém poderia imaginar que a instituição, após mudar duas vezes de lugar, se tornaria um dos principais centros de pesquisa e ensino da Alemanha.

A Universidade Ludwig Maximilian de Munique (LMU) venceu, em outubro último, a primeira rodada da corrida por recursos da chamada "iniciativa de excelência", passando a ser fomentada como uma das universidades de elite alemãs.

Em seus 18 centros, por volta de 47 mil estudantes estão matriculados nos cerca de 150 diferentes cursos oferecidos pela LMU, cujo segredo do sucesso, segundo seu reitor, está na fantasia, na abertura para o mundo e na inteligência criativa.

Mudanças e ampliação

Brunnen vor der Ludwig-Maximilian-Universität
Fonte em frente à LMUFoto: picture-alliance/dpa

Para escapar do domínio francês, o rei Maximilian 1° da Baviera transferiu de Ingolstadt para Landshut, em 1800, a universidade que a partir de 1802 começou a levar seu nome, juntamente com o de Ludwig, o Rico.

A mudança da LMU para Munique, em 1826, foi um dos primeiros atos de seu filho e sucessor, o rei Ludwig 1° da Baviera.

A ampliação de seminários, institutos e clínicas caracterizou a segunda metade do século 19 na instituição, que possui também longa tradição na formação acadêmica feminina.

Mulheres e longa tradição

No semestre letivo de 1905/06, dos 5147 estudantes matriculados, 53 era mulheres. Em 1918/19, o número de estudantes mulheres já era de 1191, de um total de 8625 inscritos. Além da participação feminina, renomados cientistas internacionais enriqueceram a tradição da LMU nos anos seguintes à Primeira Guerra Mundial.

Hans und Sophie Scholl
Hans und Sophie Scholl fundaram 'A Rosa Branca'Foto: dpa

Entre eles estão o físico Conrad Röntgen, agraciado com o Prêmio Nobel pela descoberta do raio X; o zoólogo Konrad Lorenz, que por suas pesquisas comportamentais recebeu o Nobel de Medicina.

O cientista social Max Weber e o teórico da arte Heinrich Wölfflin também pertenceram às personalidades que faziam parte da LMU no período entre as duas grandes guerras.

Durante a Segunda Guerra, foi na Universidade Ludwig Maximilian que os irmãos Hans e Sophie Scholl, executados pelo regime hitlerista por distribuírem panfletos na universidade, fundaram juntamente com amigos e o professor Kurt Huber o movimento "A Rosa Branca", que se tornou símbolo de resistência contra o nazismo.

Internacional e interdisciplinar

Wilhelm Conrad Röntgen mit Patient
A LMU continuará investindo em pesquisadores como Conrad RöntgenFoto: KNA- Bild

Além dos 700 professores, 3 mil assistentes trabalham, atualmente, na LMU. Entre os que ensinam e pesquisam na universidade bávara, estão também 1,5 mil cientistas visitantes.

Cerca de 7,6 mil estudantes estrangeiros, provenientes de 125 países, compõem o corpo discente. Para ampliar e melhorar seus contatos internacionais, a Universidade Ludwig Maximilian inaugurou, juntamente com a Universidade Livre de Berlim, um escritório de contatos em Nova York, em 2005.

Por ter entrado no rol das universidades de elite alemãs, a LMU disporá, até 2011, de mais de 100 milhões de euros adicionais para ampliação de suas pesquisas. Nos últimos anos, a LMU tem ampliado constantemente seu campus de alta tecnologia, permitindo a pesquisa interdisciplinar de ponta, em vizinhança direta com outros centros de pesquisa.