Venezuela autoriza prisão domiciliar de Leopoldo López
8 de julho de 2017O líder oposicionista venezuelano Leopoldo López deixou o presídio militar de Ramo Verde, próximo a Caracas, na madrugada deste sábado (08/07) e passou a cumprir prisão domiciliar, confirmou o Supremo Tribunal de Justiça do país.
O presidente da corte, Maikel Moreno, disse que tomou a decisão como "medida humanitária", alegando problemas de saúde de López.
Javier Cremades, um dos advogados de López, havia adiantado a notícia ao jornal El País a outros veículos de imprensa espanhóis.
López foi condenado em 2015 a quase 14 anos de prisão pelos delitos de incitação pública, associação para delinquir, danos a propriedade e incêndio, relacionados a distúrbios registrados numa marcha antigovernamental convocada por ele no ano anterior. O opositor estava preso desde fevereiro de 2014, quando se entregou voluntariamente à polícia depois que uma ordem de prisão foi emitida contra ele seis dias depois do protesto.
Diversos governos e organismo de direitos humanos consideram López um preso político, o que é rechaçado pelo governo do presidente Nicolás Maduro.
A família do oposicionista passou meses sem poder visitá-lo na prisão e, no final de junho, a esposa de López, Lilian Tintori, denunciou que o marido estava sendo torturado. A Anistia Internacional pediu às autoridades venezuelanas que investigassem o caso.
Nesta sexta-feira, Tintori publicou uma mensagem no Twitter anunciando que finalmente havia podido visitar o marido na prisão durante uma hora. "Exijo que amanhã eu possa vê-lo com meus filhos", disse na véspera de sua transferência para prisão domiciliar.
LPF/dpa/efe