Violência e fogo em Frankfurt

Não só próximo à sede do Banco Central Europeu, mas também no centro da cidade carros da polícia foram incendiados. O corpo de bombeiros teve seu trabalho de apagar as chamas obstruído.

Por motivos de segurança, o Banco Central Europeu (BCE) diminui as dimensões das festividades que celebram a abertura das duas torres de vidro em Frankfurt (ao fundo). Além disso, o acesso da imprensa ao evento foi restringido.

Mesmo à distância é possível ver que Frankfurt não acordou como num dia qualquer. A metrópole teve sua paisagem modificada por conta dos protestos.

Manifestantes jogaram pedras contras policiais, bombeiros e em estações de metrô.

Os integrantes do movimento Blockupy, que lideraram os protestos, afirmam que os policiais teriam incitado à violência ao usar gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Canhões de água foram usados pela polícia para tentar impedir a ação violenta de alguns manifestantes.

O conflito deixou pessoas feridas de ambos os lados. Os policiais prenderam cerca de 350 manifestantes.

Ao menos sete viaturas da polícia foram incendiadas pelos ativistas. Outras sete foram danificadas.

Mais de 10 mil policiais estão nas ruas de Frankfurt. É o mesmo número de manifestantes que são esperados para os protestos perto da nova sede do BCE.

O movimento de esquerda Blockupy convocou os protestos, que deveriam ser pacíficos, mas os organizadores não esperavam que o ato se tornaria tão grande e violento.

Antes da cerimônia de inauguração da nova sede do BCE, policiais bloquearam a área ao redor do prédio com arame farpado. Somente funcionários do banco e moradores podem entrar na área, após controle de identidade. A circulação de carros e ônibus foi interrompida na região.

A nova sede do BCE pode abrigar até 2.900 funcionários. O orçamento inicial era de 850 milhões de euros, mas o custo subiu para 1,3 bilhão de euros. O prédio tem 185 metros de altura e se sobressai no skyline de Frankfurt.