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Völler já vê a Alemanha nas oitavas-de-final

(am)22 de maio de 2002

Pouco antes de embarcar para o Japão, técnico alemão afirma que seu time causará surpresa na Copa do Mundo. O mínimo que o chefe da equipe da DFB espera é vencer a fase inicial do torneio e chegar às oitavas-de-final.

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Oliver Kahn, personalidade carismática do time alemão, segundo VöllerFoto: AP

Em entrevista a Jens Mende, da agência de notícias DPA, o treinador da seleção alemã de futebol, Rudi Völler, falou dos desfalques de última hora, de sua primeira copa como técnico e suas expectativas, entre outros assuntos.

Pergunta: Pouco antes do embarque para a Copa do Mundo, você ainda teve de trocar nomes de jogadores convocados. Que conseqüências tem isto para a equipe?

Völler: No caso de Sebastian Deisler, tratou-se de um simples caso de contusão. Foi naturalmente um golpe duro, mas a saúde vem em primeiro lugar. No caso de Jörg Heinrich, a situação foi um pouco distinta. Em todo o segundo turno do campeonato alemão, ele não esteve em boa forma, precisou suspender várias vezes o treinamento. Nós o testamos mais uma vez nas duas laterais. Mas ele chegou à conclusão de que não está em condições tão boas, que possa nos ajudar no Japão e na Coréia.

Pergunta: Isto parece, no mínimo, algo fora do comum.

Völler: Eu considero a decisão como muito corajosa. Não será uma alegria para todos que alguém renuncie à Copa do Mundo dessa maneira. Mas é preciso respeitar a decisão.

Pergunta: Você já participou de três Copas do Mundo como jogador. Agora, será a primeira como técnico. Você se sente tenso ou já é rotina?

Völler: Seria petulância, se eu dissesse que é rotina. Da mesma maneira como quando era jogador, mas com uma responsabilidade muito maior nas costas, eu me alegro naturalmente com a Copa. Independente das expectativas existentes entre a torcida local ou em casa. Apesar de todas as finais seja na Liga dos Campeões, no campeonato alemão ou nas copas regionais uma coisa é certa: um campeonato mundial é algo especial. É o máximo, nunca haverá nada de maior no futebol, não importa o que aconteça, nem até que ponto se possa chegar.

Pergunta: Até que ponto você pretende chegar, com todos os sinais negativos de antemão?

Völler: Até onde for possível. Queremos, naturalmente, passar da fase inicial. Queremos chegar à Coréia e entrar então na fase do tudo ou nada. Desejamos provocar surpresa.

Pergunta: De onde você tira tanto otimismo?

Völler: Naturalmente ocorreram derrotas. Mas também tivemos vitórias convincentes, no início contra Israel, contra os EUA e, agora, contra a Áustria. Não eram times como os da Argentina ou do Brasil, mas Israel não perderá mais tão cedo com um placar de sete gols. Nessas vitórias, na forma como foram conquistadas é que temos de nos apoiar. É muito importante que acreditemos em nós mesmos.

Pergunta: Mas os preparativos não transcorreram até agora de maneira ideal.

Völler: Foi tudo um pouco atribulado. Eu não me queixei. Ainda temos vários dias para os preparativos in loco. Temos pontos fortes e, além disso, os jogadores do Leverkusen. Vamos ter uma boa equipe na Copa e provocar algumas surpresas. Disto, eu estou plenamente convencido. E eu sei que os jogadores também estão convencidos disto.

Pergunta: Você já tem na cabeça a escalação titular para o jogo de estréia?

Völler: Claro que já venho pensando nisto há meses. Os jogadores do Leverkusen desempenharão um papel importante também no Japão. Tenho muita esperança de que Marko Rehmer mostre um grande desempenho na Copa. Em 1990, Jürgen Kohler só pôde jogar a partir das oitavas-de-final, contra a Holanda, em virtude de uma distensão muscular – e tornou-se campeão do mundo.

Pergunta: Em que jogadores com espírito de liderança, o time se apóia de maneira especial?

Völler: Acima de todos, naturalmente, o capitão da equipe, Oliver Kahn. Ele provou freqüentemente ser uma personalidade carismática. Mas também existem outros, que se sobressaíram nas vitórias de seus clubes e na seleção nacional. É seguramente o caso de Michael Ballack. Há também Didi Hammann, tido como pessoa tranqüila, mas que se tornou indispensável na equipe do Liverpool. E transformou-se numa figura importante também no selecionado nacional.