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WEED quer insolvência para países pobres

(gh)19 de abril de 2002

Organização internacional sediada na Alemanha diz que os 26 países mais pobres do mundo ainda pagam juros anuais de US$ 2 bilhões ao Banco Mundial e FMI.

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Pagamento da dívida externa impede redução da pobrezaFoto: AP

A Iniciativa Norte-Sul WEED (Economia Mundial, Ecologia e Desenvolvimento) pede uma mudança da política do Fundo Monetário Internacional (FMI) relativa à dívida externa dos países em desenvolvimento. "Precisamos de mais dinâmica", disse a porta-voz da WEED, Kathrin Schneider, nesta sexta-feira (19), em Berlim, referindo-se à reunião do Fundo neste fim de semana em Washington.

Segundo a organização, as medidas adotadas até agora para reduzir a dívida do Terceiro Mundo ficaram muito aquém das expectativas. "A crise argentina comprova a necessidade de uma mudança fundamental de rumo", disse Schneider. Em vez conceder créditos de emergência sem grande burocracia, o FMI teria feito exigências que agravaram a situação econômica do país.

Insolvência - A WEED, com sedes em Bonn e Berlim, reiterou seu pedido de processos justos e transparentes de insolvência para países afundados em dívidas. Uma proposta semelhante também já foi apresentada pela vice-presidenta do FMI, Anne Krueger. Segundo a WEED, desde o início da iniciativa da dívida, em 1999, os 26 países mais pobres do mundo ainda teriam pago anualmente US$ 2 bilhões em juros ao Banco Mundial e FMI. "Suas dívidas deveriam ser reduzidas a ponto de sobrarem recursos para investimentos em educação, saúde e combate à pobreza", afirmou Schneider.

"É uma incoerência que a comunidade internacional queira reduzir a pobreza à medate até 2015, mas, ao mesmo tempo, os países mais pobres sejam obrigados a gastar até 40% de seu orçamento anual em serviços da dívida externa", concluiu a porta-voz da WEED.