Zelenski demite chefe da Força Aérea após acidente com F-16
31 de agosto de 2024O presidente ucraniano Volodimir Zelenski demitiu nesta sexta-feira (30/08) o chefe da Força Aérea um dia após Kiev anunciar a perda de um caça F-16 de fabricação americana, caído enquanto repelia um ataque de mísseis russos.
O piloto da aeronave morreu no acidente.
Mikola Oleshchuk será temporariamente substituído pelo tenente-general Anatoliy Kryvonozhka.
Zelenski não detalhou os motivos para a destituição, limitando-se a dizer que a decisão fora tomada para "reforçar" a liderança militar da Ucrânia, e mencionando a necessidade de "proteger" a vida dos que defendem o país.
Embora ainda não haja uma explicação oficial para o acidente, o Exército ucraniano afirma que o caça caiu enquanto se aproximava de um alvo russo. O caso também estaria sendo investigado pelos Estados Unidos.
Uma deputada ucraniana chegou a afirmar que o acidente fora causado por fogo amigo.
Uma fonte da Defesa americana disse à agência de notícias Reuters que o acidente não parecia ter sido causado por fogo russo, mas que as causas ainda estavam sob investigação e que hipóteses como erro do piloto ou falha mecânica ainda não foram descartadas.
O acidente vem em um momento em que a Rússia continua a avançar pelo leste ucraniano, mesmo enquanto as tropas de Kiev mantém sua incursão na região russa de Kursk.
Caça é item militar altamente desejado por Kiev
A chegada dos primeiros caças F-16 no último dia 4 de agosto foi um marco para a Ucrânia em sua defesa contra a invasão russa.
Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, a Ucrânia implorava a seus parceiros ocidentais pela aeronave – há muito tempo no topo da extensa lista de equipamentos militares que Kiev buscava.
A chegada das aeronaves, doadas por países europeus, acabou demorando devido à necessidade de treinar os pilotos e os militares em solo para operar os caças multimilionários.
A força aérea ucraniana há muito tempo conta com uma frota de jatos MIG-29 e Sukhoi da era soviética, que vêm sofrendo cada vez mais pressão após mais de dois anos de missões de combate.
A quantidade exata de caças entregues à Ucrânia é mantida em segredo.
ra (AFP, Reuters, EFE, ots)