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Zelenski denuncia ataque russo a banco de sangue

6 de agosto de 2023

Presidente ucraniano qualificou ataque contra centro médico como "crime de guerra". Russos lançaram dezenas de mísseis de cruzeiro durante a noite, enquanto ucranianos bombardearam ponte em território ocupado.

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Centro de transfusão de sangue em chamas após ataque russo
Centro de transfusão de sangue em chamas após ataque russoFoto: V_Zelenskiy_official/Telegram/REUTERS

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, denunciou no sábado à noite (05/08) um ataque aéreo russo que deixou vários mortos e feridos num centro de transfusão de sangue na região de Kharkiv, no leste do país.

"Um míssil aéreo guiado russo [atingiu] um centro de transfusão de sangue na Ucrânia. Esta noite, na comunidade de Kupiansk, na região de Kharkiv. Mortes e feridos foram relatados", escreveu o líder do Executivo ucraniano.

O presidente não forneceu detalhes sobre o número de baixas, mas as autoridades ucranianas posteriormente confirmaram que o ataque matou duas pessoas e feriu quatro.

"Este crime de guerra por si só diz tudo sobre a agressão russa", disse ele. A cidade de Kupiansk e os assentamentos próximos foram ocupados pelas tropas russas nos primeiros dias da invasão russa, lançada em fevereiro de 2022.

A área foi posteriormente libertada durante uma contraofensiva ucraniana em setembro passado, mas continua a ser diariamente alvo de mísseis e bombardeios russos.

O presidente ucraniano qualificou o ataque como "um crime de guerra", que "por si só diz tudo sobre a agressão russa". Zelenski apelou ainda "a todos aqueles que valorizam a vida", para quem "derrotar os terroristas" é, na sua opinião, "uma questão de honra".

Troca de ataques

Horas antes, o chefe de Estado tinha confirmado um outro ataque com mísseis russos contra edifícios do fabricante de aviões Motor Sich, na região de Khmelnytsky, no oeste da Ucrânia.

Os novos ataques ocorreram após as as forças ucranianas atacarem na sexta-feira um petroleiro russo que transportava no Mar Negro.  Nos últimos dias, vários ataques de drones ucranianos também tiveram como alvo a cidade de Moscou, a península da Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia em 2014.

A tensão aumentou no Mar Negro desde que a Rússia abandonou, em meados de julho, o acordo que permitia à Ucrânia exportar grãos por esta via marítima.

Moscou bombardeou infraestruturas portuárias ucranianas no Mar Negro, enquanto Kiev atacou navios russos na mesma região e na península da Crimeia.

Neste domingo, a Rússia voltou a executar um novo ataque em larga escala com mísseis na Ucrânia, contra bases aéreas na região oeste do país. A Força Aérea ucraniana afirmou que derrubou 30 dos 40 mísseis de cruzeiro e todos os drones de fabricação iraniana Shahed lançados pela Rússia durante a noite.

As autoridades ucranianas não informaram quais bases foram atingidas, mas o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que atacou "bases aéreas das Forças Armadas ucranianas perto das localidades de Starokonstantinov, na região de Khmelnytsky, e Dubno, na região de Rivne".

"O objetivo do bombardeio foi alcançado. Todos os alvos foram atingidos", destacou o ministério no Telegram. Ainda do lado russo, o prefeito de Moscou, Serguei Sobyanin, informou neste domingo que a defesa antiaérea derrubou um drone que se aproximava da capital.

Também neste domingo, o exército ucraniano disparou vários mísseis contra a ponte de Chongar, que liga as regiões ucranianas anexadas de Kherson e da Crimeia, sendo que um provocou danos, disse hoje o governador pró-russo da região de Kherson.

"O inimigo efetuou um ataque com mísseis nas proximidades da ponte de Chongar, no norte da Crimeia. Parte dos mísseis foi abatida, mas um atingiu o alvo. Há danos na pista rodoviária da ponte e os reparos já começaram. Não há vítimas", escreveu Vladimir Saldo no Telegram.

jps (AFP, Reuters, Lusa)