Zona do euro abre caminho para Juncker ficar no comando do Eurogrupo
9 de julho de 2012Os países da zona do euro deverão acertar os últimos detalhes da ajuda bilionária aos bancos espanhóis ainda neste mês de julho, segundo declarações de alguns ministros reunidos nesta segunda-feira (09/07) em Bruxelas. O acerto final deverá acontecer no próximo dia 20.
O ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, e o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, mostraram-se otimistas em relação à ajuda para a Espanha nesta segunda-feira. "As negociações estão num bom caminho", disse Schäuble.
Os ministros das Finanças e da Economia reunidos em Bruxelas querem ir além na ajuda ao país, que detém a maior taxa de desemprego da zona do euro. Eles pretendem ampliar para 2014 – um ano mais do que o inicialmente previsto – o prazo para que o país volte a obeceder o limite europeu de deficit orçamentário, de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). A sugestão foi da Comissão Europeia.
Sucessão de Juncker
Os ministros também concordaram em nomear o presidente do Banco Central de Luxemburgo, Yves Mersch, para uma vaga no conselho diretor do Banco Central Europeu. Essa havia sido uma exigência do primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, para permanecer mais seis meses na chefia do Eurogrupo.
Mersch é um dos presidentes de Banco Central mais antigos da zona do euro e pessoa de confiança de Juncker. Uma decisão definitiva sobre a nomeação deve ser tomada pelos chefes de Estado e de governo da União Europeia.
O mandato de Juncker no Eurogrupo termina no próximo dia 17 de julho, mas ele vinha sendo pressionado pelos colegas europeus para permanecer no cargo. Caso desista, Schäuble já sinalizou várias vezes que aceitaria o posto.
A França deixou claro que prefere que o primeiro-ministro luxemburguês continue no cargo. "Queremos que Jean-Claude Juncker seja o sucessor de Jean-Claude Juncker", afirmou o ministro francês das Finanças, Pierre Moscovici.
Grécia
Os ministros da zona do euro debatem também sobre o programa de ajuda à Grécia e sobre um possível pacote para Chipre. Nos dois casos há relatórios de especialistas, não divulgados para a imprensa. Não são aguardadas decisões para esta noite.
O ministro de Luxemburgo, Luc Frieden, sinalizou que pode haver um relaxamento nas condições para a Grécia. "Acho que podemos ir ao encontro da Grécia, mas a Grécia deve saber que esta não é uma via de mão única", afirmou.
AS/dpa/rtr
Revisão: Francis França