Zuckerberg nega que boatos no Facebook influenciaram eleição
11 de novembro de 2016O cofundador do Facebook, Marck Zuckerberg, negou nesta quinta-feira (10/11) que notícias falsas disseminadas pela rede social possam ter influenciado o rumo das eleições presidenciais americanas.
Ele também rejeitou as especulações de que usuários da plataforma online vivam em espécies de "bolhas”, onde só recebem noticiário e perspectivas que reflitam seus pontos de vista.
"A ideia de que o noticiário no Facebook, que representa uma pequena parcela do conteúdo, influenciou as eleições de alguma maneira me parece um pouco absurda”, disse Zuckerberg durante uma conferência de tecnologia na Califórnia.
A fim de reforçar seu ponto vista, ele perguntou à plateia de forma retórica por que só apareceriam então boatos sobre um candidato e não sobre o outro.
Durante a campanha americana, o Facebook foi acusado de não ter tomado providências eficazes contra a proliferação de notícias falsas na rede. Uma delas, por exemplo, afirmava que o papa apoiava a candidatura de Trump.
"Eu acredito que existe uma profunda falta de empatia em afirmar que a única razão pela qual alguém votou da forma como votou é porque leu umas notícias falsas”, argumentou.
O empresário também minimizou os efeitos do sistema de algoritmos praticado pelo Facebook, que filtra o conteúdo a ser exibido na página inicial do usuário de acordo com o padrão de navegação do mesmo.
Segundo Zuckerberg, "quase todo mundo” tem "alguém” na lista de amigos do Facebook que pertence a uma outra religião, etnia ou contexto.
Zuckerberg admitiu, no entanto, que estudos apontam que os usuários tendem a não clicar em links que contrariam suas opiniões. "A gente simplesmente ignora", explicou. "Quanto a isso, eu não sei o que fazer”.
IP/ dpa/rtr/ap