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Direitos HumanosRepública Centro-Africana

RCA: Bispos denunciam "senhores da guerra"

AFP | Lusa | tms
7 de setembro de 2020

Grupos armados estão a lucrar com o acordo de paz no país, denunciam os bispos da República Centro-Africana numa carta aberta divulgada este domingo (06.09). Denúncia surge meses antes das presidenciais de dezembro.

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Rebeldes da milícia Séléka (Foto de arquivo / 2013)Foto: AFP/Getty Images

"Os senhores da guerra estão a lucrar com o acordo político de paz e reconciliação na República Centro-Africana (RCA)", afirmaram os bispos, referindo-se ao acordo assinado em fevereiro de 2019.

Os líderes rebeldes estariam a desfrutar de total liberdade de movimento e impunidade, apesar de continuarem as suas operações no terreno, acrescentaram os religiosos da RCA.

O acordo de paz de fevereiro de 2019 entre o Governo e 14 grupos rebeldes não conseguiu devolver a segurança à maior parte do país, que ainda é vítima das atividades de grupos rebeldes desde que uma coligação de grupos armados derrubou o regime do Presidente François Bozizé em 2013.

Zentralafrikanische Republik Präsident und Rebellen unterzeichnen Friedensabkommen in Bangui
Assinatura do acordo de paz entre o Governo e grupos rebeldes, em fevereiro de 2019Foto: Getty Images/AFP/F. Vergnes

Falha do Governo

Os bispos também criticaram o Governo por falhar com a população, mas expressaram esperança de que o exército, reconstruído com a ajuda da União Europeia e da Rússia, seria capaz de restabelecer a autoridade do Estado em várias províncias.

O ex-Presidente Bozize é um dos candidatos às eleições presidenciais de dezembro, uma votação de alto risco num dos países mais pobres do mundo, que está mergulhado na guerra civil.

O antigo chefe de Estado continua sob sanções aplicadas pela ONU devido ao seu papel no conflito. E recentemente, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a prorrogação do embargo de armas na RCA por mais um ano.

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