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PolíticaBurkina Faso

Mudanças no exército em "guerra" contra jihadistas

AFP
1 de abril de 2023

Capitão Ibrahim Traoré, líder da transição no Burkina Faso após o golpe de Estado, nomeou novos líderes no exército para travar a "guerra" contra grupos jihadistas.

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Burkina Faso Ibrahim Traore Putschführer
Foto: Kilaye Bationo/AP Photo/picture alliance

Segundo um decreto presidencial, o capitão Traoré substituiu o chefe das Forças Armadas, coronel Major David Kabre, em funções desde fevereiro de 2022, pelo coronel Major Celestin Simporé. A informação foi avançada este sábado (01.04) pela agência de notícias francesa AFP.

Anteriormente vice-chefe do Estado-Maior, Celestin Simporé tinha presidido à conferência nacional em outubro de 2022 que nomeou o capitão Traoré como líder de transição, pouco depois da sua subida ao poder em setembro.

O capitão Traoré também nomeou o coronel Théophile Nikiema como chefe do Estado-Maior do Exército.

"Sem explicações"

Não foi dada qualquer explicação para as mudanças, que surgem quando o Burkina Faso enfrenta um aumento de ataques mortais atribuídos aos jihadistas.

"Estes são líderes de homens, encarregados de coordenar as ofensivas na frente de combate para reconquistar o território", disse uma fonte de segurança de alto nível à AFP, vendo isto como uma "mudança para um novo rumo, o da ofensiva e da perseguição de terroristas".

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Desde a recente aquisição de recursos de combate aéreo, o exército transmite regularmente vídeos de ataques em colunas ou agrupamentos de suspeitos jihadistas, assegurando que a reconquista e a segurança de todo o território está em curso.

Na esteira dos vizinhos Mali e Níger, o Burkina Faso foi apanhado desde 2015 numa espiral de violência atribuída a grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico (EI), que deixou mais de 10 mil civis e soldados mortos, segundo as ONG, e cerca de dois milhões de deslocados internos.

Face ao ressurgimento desta violência, o capitão Ibrahim Traoré, que chegou ao poder através de um golpe a 30 de setembro de 2022 - o segundo num ano -, anunciou em fevereiro a sua "determinação inabalável" em combater os jihadistas, que controlam cerca de 40% do país.

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