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Mais de 330 escolas foram destruídas em Cabo Delgado

Lusa
16 de setembro de 2021

Terrorismo afetou escolas primárias e secundárias em Mocímboa da Praia, Palma, Quissanga e Macomia. Pelo menos seis professores foram mortos durante os ataques no norte de Moçambique.

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Mosambik Coronavirus Schulschließungen
Mais de 330 escolas destruídas devido a ataques terroristasFoto: Luciano da Conceição/DW

Um levantamento provisório do Ministério da Educação de Moçambique mostra que 328 escolas primárias e oito escolas secundárias foram destruídas devido aos ataques armados na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

"São necessários 1,5 mil milhões de meticais [o equivalente a 20 milhões de euros]" para a recuperação, disse Gina Guibunda, porta-voz do Ministério da Educação moçambicano, esta quinta-feira (16.09).

A porta-voz clarificou que o levantamento diz respeito a quatro dos distritos mais afetados pelo conflito armado: Mocímboa da Praia, Palma, Quissanga e Macomia. No entanto, noutros, como Muidumbe, "já decorre também o levantamento", acrescentou.

Ainda segundo dados do Ministério da Educação do final de 2020, pelo menos seis professores morreram durante o conflito.

Mosambik IDPs in Cabo Delgado Provinz
Adolescentes são um dos grupos mais afetados pelo conflitoFoto: Alfredo Zuniga/AFP

Metade dos deslocados do conflito são menores

Cabo Delgado é uma província rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista "Estado Islâmico".

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas.

Cerca de metade dos deslocados são jovens e crianças, muitos dos quais deveriam estar a frequentar escolas, alertam as agências humanitárias.

Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.

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