CEDEAO mantém sanções ao Mali por excluir civis do poder
26 de março de 2022A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), reunida esta sexta-feira (25.03), no Gana, anunciou a manutenção das sanções ao Mali, devido à demora no regresso dos civis ao poder.
A organização da África Ocidental também decidiu sancionar a Guiné-Conacri, se não apresentar um "calendário aceitável para a transição" antes do final de abril de 2022, e o Burkina Faso, se não libertar o antigo presidente Roch Marc Christian Kaboré até ao final deste mês, segundo o comunicado final da reunião dos chefes de Estado da CEDEAO.
O Mali, o Burkina Faso e a Guiné, que se confrontam com crises políticas, foram todos palco de golpes de Estado desde agosto de 2020. Desde aí, a CEDEAO tem pressionado as juntas militares, agora no poder, para que devolvam o poder aos civis, tendo suspendido estes três países das suas instâncias.
A 9 de janeiro de 2022, a organização decidiu impor medidas mais severas contra o Mali, depois de os militares terem declarado a sua vontade de estarem à frente do país nos próximos anos, quebrando assim o compromisso de organizar eleições em fevereiro deste ano.