Adeus a Dhlakama prepara-se na cidade da Beira
4 de maio de 2018As bandeiras a meia haste nas duas sedes da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) na cidade da Beira, em Moçambique, são o único sinal visível da morte do líder do partido, Afonso Dhlakama, no quotidiano da capital provincial.
À porta da sede provincial, alguns militantes aguardam o final da reunião da comissão política do partido, que deverá decidir como será feito o adeus a Afonso Dhlakama.
"Só saímos daqui quando soubermos quando é o funeral", refere, Cândido Vaja, militante integrado num grupo que não passa de 50 pessoas, sentados em cadeiras e bancos dispostos no recinto da sede distrital, noutra ponta da cidade, num ambiente sereno.
A morte do líder da oposição moçambicana causou uma tal surpresa que é natural que ainda não haja maior mobilização, conta um outro militante.
Entretanto, articulam-se também os contactos com a família de Dhlakama. Para já, segundo fontes ligadas à direção da RENAMO, prevê-se que o funeral decorra em Mangunde, distrito de Chibabava, no interior da província de Sofala, terra natal de Dhlakama, ainda sem data marcada.
Recorde-se que o corpo de Afonso Dhlakama foi transportado de madrugada desde a Serra da Gorongosa e encontra-se na morgue do Hospital Central da Beira, onde à porta permanecem dois militantes de base. São uma espécie de últimos guardiões do comandante.