Cinco partidos formalizam candidaturas em Angola
13 de maio de 2017A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) submeteu, esta sexta-feira (12.05), ao Tribunal Constitucional do país a sua candidatura às eleições gerais de 23 de agosto – agrupada em 63 pastas e apoiada por 18.126 assinaturas.
O líder da coligação, Abel Chivukuvuku, é o cabeça de lista candidato da CASA-CE a Presidente da República.
A decisão de indicá-lo foi aprovada também esta sexta-feira (12.05), durante a reunião ordinária do Conselho Deliberativo Nacional da coligação, em Luanda, e divulgada pelo vice-presidente da CASA-CE, Lindo Bernardo Tito.
A vice-presidente da Convergência coligação, Cesinanda Xavier, mandatária da candidatura, disse que a CASA-CE, parte para estas eleições mais reforçada com a integração de duas novas forças políticas - Bloco Democrático (BD) e Partido Democrático para o Progresso e Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA).
"Não é que estivéssemos fragilizados, mas quantos mais partidos se coligarem melhor, porque vão satisfazer os anseios da população," afirmou.
Na reunião ordinária do Conselho Deliberativo Nacional foi aprovada a adesão do BD e PDP-ANA, que se juntam ao Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), Partido Pacífico Angolano (PPA) e PAADA - Aliança Patriótica.
Só falta o PRS
Com a formalização da CASA-CE, entre resta apenas apresentar a sua candidatura ao Tribunal Constitucional o Partido de Renovação Social (PRS).
Além de Abel Chivukuvuku, pela CASA-CE, foram já divulgados os nomes de João Lourenço, cabeça de lista do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Isaías Samakuva, pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Lucas Ngonda, pela Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Quintino Moreira, pela Aliança Patriótica Nacional (APN).
A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).
O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições de 2012.
Angola contará com 9.317.294 de eleitores no pleito eleitoral de agosto, segundo dados oficiais que o Ministério da Administração do Território entregou à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana.
Educação cívica
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) realizou, esta-sexta-feira (12.05), sessão extraordinária em plenário que analisou e aprovou o calendário das atividades para a educação cívica eleitoral e o regulamento de avaliação dos comissários eleitorais designados pelo Conselho Superior da Magistratura.
Ao final do encontro, a porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, estimou o início das atividades referentes à educação cívica eleitoral ainda este mês para concluir no dia do ato eleitoral.
O calendário prevê a definição de critérios para a seleção dos agentes de educação cívica eleitoral, a formação dos formadores nacionais, dos formadores provinciais, o lançamento nacional e oficial da campanha de educação cívica eleitoral e o lançamento dos agentes de educação cívica eleitoral a nível de todas as províncias do país.
"Significa que depois de os agentes cívicos eleitorais serem lançados no terreno vão desenvolver a sua atividade no sentido de informar, sensibilizar os cidadãos eleitores sobre a forma como devem exercer o seu direito de voto até à altura de realização do pleito eleitoral", explicou.