Covid-19: Vacina é pouco provável antes de meados de 2021
29 de julho de 2020Esperança, sim, mas realismo em primeiro lugar: segundo a ministra alemã da Investigação, Anja Karliczek, é preciso "continuar a assumir que as vacinas só estarão disponíveis para a população em geral, no mínimo, a partir de meados do próximo ano".
"Não devemos esperar um milagre", acrescentou Karliczek esta quarta-feira (29.07) durante uma conferência de imprensa.
Nos últimos dias, o número de infeções no país subiu, aumentando a preocupação sobre a chegada de uma "segunda onda" da pandemia com muitas pessoas a desvalorizarem o cumprimento das regras básicas de higiene para prevenir a doença. Esta quarta-feira, as autoridades de saúde anunciaram 684 novos casos de Covid-19 na Alemanha. No dia anterior foram 633. Ao todo, já foram diagnosticados quase 207 mil casos no país.
"Os novos desenvolvimentos na Alemanha preocupam-me a mim e a todos nós no Instituto Robert Koch", afirmou esta semana o presidente da instituição, Lothar Wieler.
Berlim planeia atribuir 750 milhões de euros a três empresas de biotecnologia alemãs, a BioNtech, a CureVac e a IDT Biologika, para acelerar o desenvolvimento de uma vacina para a Covid-19. No entanto, o Governo continua a dizer aos cidadãos que a melhor forma de prevenir a doença é respeitar as regras de higiene.
Alemanha vai fornecer 1,4 milhões de testes à UA
A Alemanha prepara-se para introduzir nos aeroportos testes obrigatórios à Covid-19. A partir da próxima semana, viajantes que regressem de zonas consideradas de risco terão de fazer o teste à chegada, de forma gratuita.
"Temos de impedir que aqueles que regressam do estrangeiro infetem outras pessoas e criem uma nova cadeia de infeções", disse na segunda-feira o ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, à agência de notícias dpa.
O Governo alemão anunciou, entretanto, que vai fornecer 1,4 milhões de testes à União Africana.
Na África do Sul, o país mais afetado pela pandemia no continente, só estão a ser feitos 46 testes em cada mil habitantes, segundo dados da Universidade de Oxford. No Quénia, o número de testes ronda os 4,8 por mil habitantes e, na Nigéria, é feito apenas um teste por cada mil pessoas. Na Alemanha, o número ronda os 88.