Covid-19: Guiné-Bissau confirma primeira morte
26 de abril de 2020O Centro de Operações de Emergência da Saúde da Guiné-Bissau confirmou este domingo (26.04) a primeira morte de um paciente infetado pelo novo coronavírus. "Trata-se de um alto funcionário do Ministério do Interior", disse o médico Dionísio Cumba, presidente do Instituto Nacional de Saúde.
A vítima entrou no Hospital Nacional Simão Mendes na sexta-feira passada e morreu no sábado (25.04) ao final do dia. "Ainda não foi identificada a cadeia de transmissão da vítima mortal, mas teve contactos com muitas pessoas. Vai ser um caso difícil de investigar", salientou Dionísio Cumba.
Um novo caso da Covid-19 foi confirmado, elevando para 53 o total de infetados na Guiné-Bissau.
Este domingo, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, prolongou o estado de emergência no país até 11 de maio no âmbito do combate à pandemia do novo coronavírus. A renovação do estado de emergência deve-se ao facto de que o "país ainda não está em condições de afirmar ter o controlo de toda a situação", afirmou Sissoco Embaló.
Mais testes na Guiné-Bissau
O Presidente guineense disse ainda que pretende aumentar a capacidade de o país fazer testes de diagnóstico da doença. "Nos próximos 15 dias, temos que ser capazes de aumentar a nossa capacidade de fazer testes diagnósticos da Covid-19, reduzir o número de infetados e evitar a sua propagação, em particular, para as regiões ainda sem casos positivos detetados", afirmou num discurso proferido ao país.
Umaro Sissoco Embaló disse ainda que as medidas que o Governo vai adotar na sequência de renovação do estado de emergência devem "assegurar o equilíbrio necessário entre a prevenção e o combate" e a necessidade de "garantir segurança alimentar e evitar o colapso da economia".
"Quero aproveitar esta ocasião para exortar o Governo no sentido de estudar e adotar medidas para minimizar o impacto da Covid-19, particularmente, na campanha de caju do presente ano, sem esquecer as medidas higiénico-sanitárias de prevenção e combate à pandemia", salientou.
Novos casos em Moçambique e Cabo Verde
Moçambique registou seis novos casos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o total para 76, anunciou este domingo a diretora nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene.
Os seis novos casos estão todos relacionados com a transmissão do vírus na área de construção do megaprojeto de gás natural da Área 1 em Afungi, na província nortenha de Cabo Delgado. Todos estão em isolamento domiciliário – cinco em Afungi e um em Pemba – e nenhum tem sintomas da doença.
Em Cabo Verde, foram registados 16 novos casos positivos do novo coronavírus, todos na cidade da Praia, elevando o total no país para 106, informou o Ministério da Saúde. O concelho da Praia já tem um total de 50 casos.
"Reforçamos o apelo para que as pessoas fiquem em casa e tomem os devidos cuidados para evitar a propagação da Covid-19. Contamos com a colaboração de todos", refere um comunicado do Governo de Cabo Verde.
Este domingo, o Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, anunciou que não vai prorrogar o estado de emergência nas seis ilhas sem casos confirmados da doença – Maio, Fogo, Brava, Santo Antão, São Nicolau e Sal. As medidas restritivas de direitos, liberdades e garantias vão ser abrandadas a partir desta segunda-feira (27.04).
Angola mantém 25 casos confirmados de Covid-19 e dois mortos. São Tomé e Príncipe, o último país africano de língua portuguesa a detetar a doença no seu território, mantém o registo de sete casos positivos.
Em África, o número de mortes provocadas pela Covid-19 subiu para 1.374, com 30.329 casos da doença registados em 52 países, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC África). O número total de doentes recuperados subiu de 8.364 para 8.409 em todo o continente.