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Moçambique "entre os primeiros" a receber vacina da Índia

Lusa
8 de janeiro de 2021

A garantia foi deixada pelo embaixador cessante da Índia em Maputo durante uma audiência com o Presidente da República, Filipe Nyusi.

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Covaxin, da empresa indiana Bharat Biotech, é uma das duas vacinas aprovadas na Índia - a outra é da AstraZeneca/OxfordFoto: Pavlo Gonchar/Zuma/picture alliance

Moçambique poderá ser um dos primeiros países a receber a vacina contra o novo coronavírus aprovada naquele país asiático, anunciou o embaixador cessante da Índia em Maputo. 

"Uma vez que nós decidimos distribuir [a vacina] para outros países, Moçambique será um dos primeiros", garantiu Rajeev Kumar, citado esta sexta-feira (08.01) pelo diário moçambicano Notícias. 

Segundo Rajeev Kumar, a Índia aprovou duas vacinas que poderão ser administradas naquele país a partir da próxima semana, pretendendo-se também distribuir para outros países. 

Vacinação prevista para o segundo semestre

Na segunda-feira, (04.01), o ministro da Saúde de Moçambique, Armindo Tiago, disse que o país prevê arrancar com a vacinação contra a Covid-19 a partir de julho deste ano, tendo já identificado os grupos prioritários. 

Armindo Tiago
Armindo Tiago, Ministro da Saúde de MoçambiqueFoto: Roberto Paquete/DW

Na altura, o ministro avançou ainda que o país espera receber cerca de seis milhões de doses, que vão abranger 20% da população moçambicana, através do programa de vacinação da iniciativa Covax, lançada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que prevê distribuir, pelo menos, dois mil milhões de doses até ao final de 2021 em 91 países pobres, principalmente em África, na Ásia e na América Latina. 

Desde o anúncio da primeira infeção, em 22 de março, Moçambique regista um cumulativo de 19.961 casos, 87% dos quais são dados como recuperados, havendo ainda 176 mortos.

O Reino Unido anunciou esta sexta-feira, (08.01), que vai proibir a entrada de passageiros de Moçambique - entre outros países africanos - alargando a medida já aplicada à África do Sul para travar uma nova estirpe da Covid-19 identificada naquele país. 

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