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"Dezenas de terroristas" foram mortos em Mocímboa da Praia

Lusa
29 de maio de 2024

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que "dezenas de terroristas" foram mortos em confrontos com as forças governamentais, regsitados desde a madrugada, em Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado.

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Soldado moçambicano num veículo blindado no aeroporto de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado
Foto: Marc Hoogsteyns/AP Photo/picture alliance

"A operação desta madrugada ainda está a continuar, os terroristas estão a levar porrada, dezenas e dezenas ficaram em terra e muito equipamento foi capturado", afirmou Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano falava durante a inauguração da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Maputo. 

"A operação continua" e os terroristas "estão em debandada, estão em fuga", avançou Nyusi, reconhecendo que "são momentos difíceis para o povo" dos distritos assolados pela violência em Cabo Delgado.

O Presidente declarou que os combates que começaram na madrugada de hoje registam-se na zona de Limala, ao lado de Mbau, no distrito de Mocímboa da Praia. 

Nos confrontos, prosseguiu, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas, juntamente com "as forças irmãs do Ruanda, entraram em confrontação, em contacto direto com o inimigo".

Antes dos combatentes em Mocímboa da Praia, já se tinham verificado confrontos, entre segunda-feira e terça-feira, no distrito de Nangade, entre a força local - uma milícia formada por veteranos da luta de libertação nacional -, e os rebeldes, prosseguiu o chefe de Estado moçambicano.

"As forças locais, os veteranos, juntamente com os seus descendentes, entraram em contacto [com os insurgentes] e puseram fora de combate alguns terroristas", disse Filipe Nyusi.

Cabo Delgado enfrenta desde outubro de 2017 uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico, combatida desde 2021 com o apoio dos militares do Ruanda e dos países da África austral, esta última em processo de retirada do terreno desde abril, a concluir até julho próximo.

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