Dois mortos em ataques com carro-bomba em Mogadíscio
14 de julho de 2018As explosões aconteceram por volta do meio-dia e uma semana depois que um ataque similar ao complexo do Ministério do Interior, também na capital, matou pelo menos nove pessoas.
O capitão da polícia, Mohamed Hussein, confirmou à agência de notícias Associated Press as duas mortes neste novo ataque. Segundo Hussein, um carro-bomba detonou perto de um posto de controle nas imediações do palácio presidencial, depois que as forças de segurança dispararam contra o veículo.
À agência Reuters, Hussein disse que "a polícia suspeitou do carro em alta velocidade, disparou contra ele e, então, o carro explodiu do lado de fora dos hotéis, perto do palácio presidencial".
Pouco depois, a explosão de um segundo carro-bomba ocorreu na mesma área.
Ameaça constante
O grupo extremista Al-Shabab, um braço da Al-Qaeda sediado na Somália, frequentemente tem como alvo lugares de destaque na capital do país. O grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque deste sábado, dizendo que seus combatentes estavam realizando uma "grande operação" ao redor do palácio e próximo ao Hotel SYL.
A Al-Shabab foi acusada também de ser responsável pelo atentado a bomba, em outubro em Mogadíscio, que matou mais de 500 pessoas - o mais mortífero da história do país.
A ameaça do que se tornou o mais mortal grupo extremista islâmico na África Subsaariana prejudicou os esforços para fortalecer o Governo frágil da Somália e estabilizar a caótica nação do Corno de África.
Os Estados Unidos sob o Governo de Donald Trump intensificaram os esforços militares na Somália, incluindo dezenas de ataques com drones, contra a Al-Shabab e uma pequena presença de combatentes ligados ao grupo do Estado Islâmico. Pelo menos dois militares dos EUA foram morto.
Os militares dos EUA e outros membros da comunidade internacional expressaram preocupação com o plano para as forças de segurança da Somália assumirem a segurança do país nos próximos anos – atualmente garantida por uma força multinacional da União Africana - dizendo que as tropas locais ainda não estão prontas.