Feira alemã reúne empresários portugueses de olho em África
27 de abril de 2012Empresários portugueses participaram esta semana na Feira Internacional de Hanover, na Alemanha e as atenções estiveram voltadas não somente para o mercado alemão, mas também para o continente africano, nomeadamente Moçambique.
Entre os 35 pavilhões e os mais de 23 mil expositores internacionais, 17 pequenas e médias empresas portuguesas procuraram alargar os seus contactos, aliciar clientes e fechar negócios. A feira terminou nesta sexta-feira (27.04) e teve pouco público, queixam-se os portugueses.
Iniciativa portuguesa
O português Rui Guimarães, da Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas (ANEMM), e responsável pelo stand de Portugal, onde estiveram 11 firmas representadas, promove o país na feira há 20 anos. Segundo Guimarães, a ANEMM pretende fortalecer a ponte entre portugueses e o mercado internacional.
A feira de Hanover pode abrir portas para o mercado alemão, como também para o francês e espanhol, explica ele. Guimarães acrescenta ainda que "se arranjar só um único cliente que com uma encomenda pague a nossa presença aqui já é bom".
De olhos em África
Apesar da Alemanha ser o terceiro mercado de exportação de Portugal, a seguir a Espanha e França, não é apenas na Europa que os empresários portugueses centram as suas atenções.
José Manuel Rodrigues, empresário que pensa ainda este ano começar a investir em Moçambique, para onde viaja no próximo mês, acredita que o potencial africano continua nas mentes dos portugueses.
"Queremos encontrar em Moçambique um parceiro na área de fundição para podermos transferir algumas máquinas de centrifugação para iniciar lá uma unidade de produção de camisas centrifugadas, que não há em toda a África ", esclarece o empresário que exporta 90% de sua produção, estando a Alemanha no topo da lista dos países com quem negoceia.
Já Fernando de Sousa, fundador da "Irmãos Sousa S.A.", aposta em Moçambique na área de construção. "Temos lá uma pequena empresa que se dedica ao comércio de equipamentos ligados à construção civil e vamos continuar a fazer o nosso melhor."
Apostar na feira de Hannover é uma chave que pode abrir muitas portas, garante Sousa. "Estas feiras são importantes e aqui conseguimos bons contactos".
Autor: Nuno de Noronha
Edição:Bettina Riffel/António Rocha