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PolíticaIsrael

Blinken diz que proposta de cessar-fogo está quase fechada

DW (Deutsche Welle) | AFP | Reuters | AP | DPA
6 de setembro de 2024

O secretário de Estado norte-americano instou Israel e o Hamas a concluírem um potencial acordo para uma trégua em Gaza. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, diz que não há qualquer acordo em curso.

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Antony Blinken
Antony Blinken, secretário de Estado norte-americanoFoto: Roberto Schmidt/Pool/AP Photo/picture alliance

O secretário de Estado dos EUA afirmou que é responsabilidade de Israel e do Hamas preencher as lacunas no acordo para um cessar-fogo em Gaza, nomeadamente sobre como será efetuada a troca de reféns israelitas e prisioneiros palestinianos.

"Com base no que vi, 90% está acordado, mas há algumas questões críticas que permanecem", incluindo o chamado corredor de Filadélfia, no extremo sul da Faixa de Gaza que faz fronteira com o Egito, disse Antony Blinken durante uma conferência de imprensa no Haiti.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, apresentou, em 31 de maio, uma proposta de cessar-fogo em três fases, mas desde então continuam a existir lacunas para um acordo final de cessar-fogo e libertação dereféns.

O Hamas tem rejeitado qualquer presença israelita no corredor de Filadélfia, enquanto o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insiste que Israel não abandonará o corredor.

Netanyahu diz que não há acordo

Na quinta-feira (05.09), o movimento palestiniano Hamas apelou aos Estados Unidos para que exerçam "uma pressão real" sobre Israel para uma trégua em Gaza, mas Benjamin Netanyahu diz que não há qualquer acordo em curso.

Os dois lados continuam a trocar acusações sobre o impasse das negociações de cessar-fogo que levariam à libertação de reféns em Gaza.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel
Benjamin Netanyahu diz que "não está a ser feito nenhum acordo"Foto: OHAD ZWIGENBERG/AFP

Para Netanyahu, a pressão interna está a aumentar depois de as autoridades terem anunciado no fim de semana que tinham recuperado os corpos de seis reféns de um túnel na Faixa de Gaza.

"Se o governo dos Estados Unidos e o seu Presidente Biden querem realmente chegar a um cessar-fogo e concluir a troca de prisioneiros, têm de parar com a sua parcialidade cega em relação à ocupação sionista e exercer uma verdadeira pressão sobre Netanyahu e o seu governo", disse o negociador do Hamas Jalil al Hayya.

Benjamin Netanyahu afirmou, numa entrevista à Fox, que "não está a ser feito nenhum acordo".  

"Infelizmente, não estamos perto, mas faremos o nosso melhor para os levar a um ponto em que aceitem um acordo e, ao mesmo tempo, impedir o Irão de reabastecer Gaza", afirmou. 

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, afirmou, no entanto, que Washington estima que o acordo de cessar-fogo esteja a 90%, mas acrescentou que "nada é negociado até que tudo seja negociado".

Baerbock visita Israel 

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, visita Israel esta sexta-feira. Atualmente em viagem pelo Médio Oriente, a chefe da diplomacia alemã deverá encontrar-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, e com o ministro da Defesa, Yoav Galant. Em seguida, desloca-se à Cisjordânia ocupada.

Baerbock iniciou a sua viagem de dois dias na capital da Arábia Saudita, Riad, na quinta-feira (05.09), onde pediu a normalização dos laços do país com Israel. 

Fontes diplomáticas disseram à correspondente da DW, Nina Haase, que Baerbock sublinhou ao seu homólogo saudita, Faisal bin Farhan al-Saud, que os esforços para estabelecer uma solução de dois Estados em Israel e nos territórios palestinianos devem ser mantidos.

A ministra alemã dos Negócios Estrangeiros deslocou-se depois à Jordânia, onde anunciou que Berlim tenciona aumentar a ajuda humanitária à Faixa de Gaza em 50 milhões de euros (55 milhões de dólares). A ajuda de Berlim à Jordânia também passou de 12,7 milhões de euros para 63 milhões de euros em 2024.

Médio Oriente: Cessar-fogo em banho-maria