João Lourenço defende solução de 'uma só China'
16 de março de 2024"Angola defende o princípio 'Uma só China' e Taiwan como parte integrante do território chinês", afirmou o chefe de Estado angolano, durante um encontro com Xi, no Grande Palácio do Povo, junto à Praça Tiananmen, no centro de Pequim.
Angola e China têm relações muito próximas. Esta proximidade política e diplomática tem influência em vários setores económicos angolanos.
O princípio 'Uma só China' é visto por Pequim como garantia de que Taiwan é parte do seu território.
A China lançou, nos últimos anos, uma campanha para isolar internacionalmente a ilha, ao tentar fazer passar para o seu lado os aliados diplomáticos de Taipé e bloquear a participação do território em organizações internacionais.
Pequim passou também a enviar quase diariamente navios e aviões de guerra para próximo de Taiwan.
João Lourenço defendeu uma solução por meios pacíficos da questão de Taiwan, "a exemplo do que aconteceu com Hong Kong e Macau".
Tal como a antiga colónia britânica Hong Kong em 1997, a administração de Macau passou em 1999 de Portugal para a China, graças a um acordo entre os dois países.
"Não há razões para se pensar de forma diferente depois desses dois casos de grande sucesso da diplomacia chinesa", observou João Lourenço.
Taiwan mantém, atualmente, relações diplomáticas com 14 países e, embora, nos últimos anos, tenha perdido aliados, Taipé intensificou os intercâmbios oficiais com países como a Lituânia e a Eslováquia, que não reconhecem formalmente Taiwan como um país, através da abertura de agências de comércio e investimento.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força caso a ilha declare independência.