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Libertados líderes sindicais detidos na Guiné-Bissau

ms | Lusa
25 de outubro de 2021

Foram hoje libertados os dois líderes sindicais do setor da saúde detidos na passada sexta-feira (22.10), em Bissau, anunciou o advogado de defesa dos sindicalistas. Detenção originou um boicote em território nacional.

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Fodé Mané, um dos advogados de defesa dos sindicalistasFoto: Braima Darame/DW

Os dois líderes sindicaisforam libertados na tarde desta segunda-feira (25.10), tendo sido imposta a medida de coação de apresentação periódica às autoridades disse à Lusa o advogado de defesa, Fodé Mané.

Yoio João Correia, presidente do Sindicato Nacional dos Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins (SINETSA) e o seu vice, João Domingos da Silva, estavam detidos desde sexta-feira (22.10), acusados do "crime de omissão de auxílio" pelo Ministério Público.

O inquérito foi aberto na sequência de um boicote dos técnicos de saúde, em setembro, quando decidiram paralisar em bloco os estabelecimentos hospitalares e centros de saúde do país, sem observância dos serviços mínimos.

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Boicote nacional

Na sequência da detenção dos dois sindicalistas, os técnicos de saúde iniciaram sábado (23.10) mais um boicote em território nacional.

Hoje, profissionais da área da saúde protestaram em frente à sede das organizações internacionais em Bissau para pedir a ajuda dos parceiros para resolver a tensão social que se vive no país.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos também exigiu esta segunda-feira (25.10) a "libertação imediata" dos sindicalistas e criticou a tentativa de restringir a liberdade sindical no país.

A organização não-governamental responsabilizou também o Governo pela "perda de vidas humanas decorrentes das paralisações sistemáticas do sistema de saúde" e exigiu a criação de diálogo entre as autoridades governamentais e as organizações sindicais.

Entretanto, o Governo decretou hoje uma requisição civilpara o setor da saúde até 31 de dezembro. O Governo guineense também vai requisitar "médicos e técnicos de saúde nacionais em idade de reforma" e "médicos adstritos à Brigada Médica Cubana sem serviço no país e expatriados cubanos".