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Luanda: Viagens para o estrangeiro regressam a 30 de junho

Lusa | rl
13 de junho de 2020

Decreto presidencial publicado, esta sexta-feira (12.06), esclarece que viagens de passageiros, de e para o estrangeiro, estarão sujeitas à confirmação das autoridades sanitárias e requerem teste à Covid-19.

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Angloa Luanda Straße zum International Airport
Foto: DW/Borralho Ndomba

Um Decreto publicado em Diário da República, esta sexta-feira (12.06),em Angola, regulamenta, no âmbito da declaração da Situação de Calamidade Pública, para a prevenção e risco de propagação da pandemia covid-19, o regresso ao país de cidadãos nacionais e estrangeiros, titulares de autorização de residência, cartão de refugiado, vistos de investidor, de trabalho, de estudo e de permanência temporária, entrada e saída de carga, mercadoria e encomendas postais, ajuda humanitária, emergências médicas, escalas técnicas, entrada e saída de pessoal diplomático e consular e transladação de cadáveres, excetuando os falecidos afetados por covid-19, cuja transladação é proibida.

Segundo o governo, as viagens de passageiros, de e para o estrangeiro, a partir de Luanda, voltam a poder realizar-se a 30 de junho, mas requerem a realização obrigatória de um teste de covid-19 oito dias antes da data da viagem. Este teste, acrescenta o executivo, deve ser administrado por entidades devidamente certificadas pela autoridade de saúde do país de origem.

A frequência dos voos a realizar dependerá dos acordos de serviços aéreos que vierem a ser feitos entre as autoridades de Aviação Civil de Angola e dos Estados envolvidos, estabelecidos em regulamento próprio a ser emitido pela Autoridades Nacional da Aviação Civil.

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Viagens de passageiros, de e para o estrangeiro, a partir de Luanda, requerem realização obrigatória de um teste à Covid-19Foto: DW/M. Sampaio

Quarentena obrigatória?

Relativamente à opção da quarentena institucional em centro público ou numa unidade hoteleira para o efeito, o decreto prevê que é definida aquando do agendamento da viagem e poderá estar sujeita a confirmação pelas autoridades sanitárias, caso o passageiro opte por hospedar-se numa unidade hoteleira.

Para os passageiros que regressam ao país é obrigatória a quarentena institucional de 14 dias, sendo o Ministério da Saúde o responsável pelo cumprimento da quarentena e realização do teste nos Centros de Quarentena Institucional, sem custos para o passageiro, em função da capacidade disponível.

"Caso não exista capacidade de acolhimento, os passageiros devem, sob sua responsabilidade e custos próprios, efetuar o período de quarentena nas unidades hoteleiras previamente aprovadas pelo Ministério da Saúde", sublinha o documento.

Entretanto, o período de quarentena pode ser reduzido para sete dias, caso o passageiro realize um teste de base molecular RT-PCR SARS-COV-2, num serviço privado certificado pelo Ministério da Saúde.

Angolanos tentam atravessar cerca sanitária de Luanda

Já os passageiros pertencentes ao corpo diplomático, abrangidos pela Convenção de Viena, devem cumprir a quarentena domiciliar, após avaliação das autoridades sanitárias e migratórias, e sob seu acompanhamento, devendo ser sujeitos a testes sempre que o Ministério da Saúde considere necessário.

Os passageiros estão obrigados a preencher um termo de compromisso, no qual deve constar o local de residência, endereço, contactos telefónicos pessoais e/ou profissionais e pelo menos de dois familiares (cônjuge, pai, mãe, filho(a), irmã(o) ou colegas profissionais (superiores hierárquicos ou subordinados).

As viagens aéreas de passageiros de âmbito nacional, a partir de Luanda, têm início no dia em que for decretado o levantamento da cerca sanitária à província de Luanda.

Já as viagens internacionais de passageiros por vias marítima, ferroviária e rodoviária são proibidas durante o período de situação de Calamidade Pública.

Números sobem

Angola registou 12 novas infeções pelo novo coronavírus, esta sexta-feira (12.06), elevando para 130 os casos positivos, com cinco óbitos e 42 recuperados. De acordo com a ministra da Saúde angolana, Sílvia Lutucuta, metade dos novos casos são importados da Rússia e os restantes de contaminação local, nomeadamente da cerca sanitária da Clínica Multiperfil (02) e do bairro Hoji Ya Henda (04). 

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