Bissau: Magistrados suspendem greve por causa das eleições
4 de outubro de 2019"Apela-se aos magistrados para retomarem as suas atividades profissionais a partir de sexta-feira e manterem-se calmos e serenos na certeza de que os seus representantes se mantêm firmes e determinados em prosseguir na luta pela defesa dos seus direitos e interesses", refere-se no comunicado a que a Lusa teve acesso.
No documento, os representantes sindicais dos magistrados judiciais e do Ministério Público salientam que tomaram a decisão de suspender a greve devido aos "interesses superiores da Nação", nomeadamente a apreciação das candidaturas às eleições presidenciais.
O Supremo Tribunal de Justiça tem de anunciar em 15 de outubro a lista dos candidatos aprovados para participar nas presidenciais.
No comunicado, os representantes sindicais salientam também que foi suspensa a greve que deveria começar na próxima segunda-feira (07.10).
Interesse nacional "preservado"
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, afirmou hoje que o interesse nacional foi preservado com o anúncio da suspensão da greve dos magistrados do país.
"Após várias rondas negociais, ficou suspensa a greve dos magistrados. O interesse nacional deve ser preservado sempre. O país em primeiro lugar", escreveu Aristides Gomes, na sua página nas redes sociais.
Na quinta-feira (03.10), a ministra da Justiça, Ruth Monteiro, disse acreditar que iria "prevalecer o bom senso". "Estamos a falar de titulares de órgãos de soberania que têm uma responsabilidade acrescida com o país e com o povo e estou convicta que o interesse do país vai falar mais alto", acrescentou.
No total foram submetidas para apreciação no Supremo 19 candidaturas às presidenciais.