++ Moçambique: Milhares participam em protestos da RENAMO ++
Publicado 17 de outubro de 2023última atualização 17 de outubro de 2023Os principais acontecimentos
- Maputo: Polícia usa gás lacrimogénio, mas não consegue parar manifestantes.
- Manica: Marcha é impedida pela polícia.
- Manifestação é adiada em alguns pontos do país.
- CNE vai investigar ilícitos eleitorais.
- FRELIMO pede "civismo" aos partidos e cidadãos.
Fim da cobertura ao minuto na DW
Encerramos aqui a cobertura minuto a minuto deste dia de manifestações convocadas pela RENAMO em Moçambique. Obrigado por nos acompanhar!
Tudo sobre as autárquicas aqui na nossa página.
FRELIMO pede "civismo" aos partidos políticos e cidadãos
A Comissão Política da FRELIMO lançou um apelo aos partidos políticos e cidadãos envolvidos nas autárquicas de 11 de outubro.
Num comunicado após a 16ª Sessão Ordinária da Comissão Política, realizada ontem, em Maputo, a FRELIMO, sem citar as manifestações da RENAMO, pede "civismo", "postura de cidadania" e serenidade para que o processo autárquico seja "um momento de consolidação da jovem democracia" em Moçambique.
Os resultados intermédios até agora divulgados pelas autoridades eleitorais dão vitória o partido no poder em 64 das 65 autarquias no país.
No comunicado, a FRELIMO congratula-se com a participação dos eleitores nas autárquicas e diz que o resultado até agora divulgado pelas autoridades eleitorais é fruto do "massivo engajamento e trabalho árduo" dos seus membros e simpatizantes.
A Comissão Política do partido no poder considera que, assim, "convenceu o eleitorado a votar em si e no seu manifesto".
Maputo: Marcha termina com discurso de Momade
Terminou por volta das 16h a marcha da RENAMO na cidade de Maputo.
No encerramento, o líder do partido, Ossufo Momade, reafirmou que este é o início de uma "revolução" em Moçambique.
Nampula: Cidadãos tomam as ruas com a RENAMO
Um mar de gente tomou hoje conta das ruas de Nampula, norte moçambicano, para protestar contra as alegadas fraudes eleitorais apontadas pela RENAMO.
Num vídeo publicado pela plataforma da sociedade civil Sala da Paz, no Facebook, vê-se uma grande participação dos cidadãos na marcha do partido da oposição.
Segundo a publicação, membros e simpatizantes contestam os resultados anunciados recentemente pela Comissão Distrital de Eleições, que deu vitória à FRELIMO no município.
Maputo: Marcha chega à sede nacional da RENAMO
Depois de mais de 4 horas, a marcha da RENAMO desaguou na sede nacional do partido, em Maputo.
Os membros e simpatizantes da maior força da oposição moçambicana aguardam um discurso do presidente do partido, Ossufo Momade.
Logo à chegada, o cabeça de lista da RENAMO em Maputo comentou a ação policial contra os manifestantes: "A polícia lançou gás sem razões, a marcha foi comunicada à polícia. Portanto, foi totalmente conhecida, não foi nada oculto".
Tete: RENAMO submeteu cinco recursos de impugnação dos resultados eleitorais
A RENAMO submeteu na província de Tete, no centro do país, cinco recursos de impugnação dos resultados intermédios divulgados pelas autoridades eleitorais locais.
Em declarações à imprensa esta tarde, o delegado político do partido em Tete, Raimundo Bata, apontou os órgãos eleitorais e a polícia como alegados autores das supostas fraudes eleitorais, que teriam objetivo de dar vitória à FRELIMO.
Entretanto, ao contrário do que está a acontecer em vários pontos do pais, o partido adiou para quinta-feira (19.10) a manifestação contra as alegadas fraudes na votação do dia 11 de outubro.
Os membros da RENAMO em Tete reservaram a manhã de hoje para realizar uma cerimónia em memória dos 44 anos do desaparecimento de André Matchangaissa, primeiro presidente deste formação.
Maputo: Manifestantes seguem para sede nacional da RENAMO
Mesmo sob forte aparato militar, jovens e simpatizantes da RENAMO passaram da sede do STAE, onde gritaram "ladrões".
A polícia teve de abrir a passagem aos jovens sem nenhuma confrontação.
Os manifestantes seguem em direção à sede nacional do partido.
Quelimane: Tribunal chumba recurso da RENAMO
O Tribunal Judicial da Cidade de Quelimane, na província central da Zambézia, chumbou hoje o recurso da RENAMO na sequência das alegadas fraudes eleitorais apresentadas pelo partido.
Procurado pela DW, o delegado da RENAMO no distrito, Latifo Charifo, disse que a formação política não se cansará enquanto a justiça eleitoral não for feita. Segundo Charifo, a Comissão distrital de eleições contabilizou mal os números que deram a vitória ao candidato da FRELIMO no município.
Entretanto, vários cidadãos foram hoje à ruas de Quelimane para protestar contra a alegada fraude eleitoral nas autárquicas de 11 de outubro. A marcha arrancou mesmo com chuva, mas acabou antes do previsto devido às condições climáticas.
A manifestação de hoje decorreu de forma pacífica e sem a escolta da polícia, como decorreu ontem, quando uma unidade de intervenção rápida acompanhou os manifestantes noutra marcha.
Autárquicas: CNE vai investigar ilícitos eleitorais
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou que vai responsabilizar administrativamente os MMVs envolvidos em ilícitos eleitorais.
O porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, falava à imprensa no início desta tarde e reconheceu ter havido muitas irregularidades nas últimas eleições, mas garantiu que o órgão fará um esforço para os esclarecer.
No momento da conferência de imprensa, a sede do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), onde está o centro de imprensa da CNE, estava cercada com agentes da polícia fortemente armados.
Maputo: Polícia usa gás lacrimogéneo contra manifestantes
A polícia usou gás lacrimogéneo contra os cidadãos que protestavam de forma pacífica em Maputo.
Um vídeo compartilhado pelo investigador e jornalista Alexandre Nhampossa, na rede social X, mostra o momento da violência policial.
Ainda de acordo com a publicação do investigador, a ação da polícia "fortemente armada" não impediu a marcha de prosseguir.
Num outro vídeo publicado pelo ativista Adriano Nuvunga, é possível ver a correria dos manifestantes após a intervenção policial:
Manica: Polícia impede marcha da RENAMO
A polícia bloqueou a sede da perdiz, em Manica, no centro do país. Várias forças foram destacadas para a delegação da RENAMO no local.
O delegado político provincial do partido em Manica, António Mulima, disse que cerca de sete viaturas da polícia, "com armas em punho", impediram a marcha.
"Estão aqui para intimidar os membros do partido, porque as eleições não foram jutas e nem transparentes", afirmou Mulima, referindo-se à alegada fraude eleitoral apontada pelo partido.
A DW tentou ouvir a polícia, mas a corporação disse que não vai comentar o caso no momento.
Maputo: Polícia bloqueia avenida no trajeto da marcha da RENAMO
Polícias fortemente armados bloqueiam a avenida Vladimir Lenine - itinerário da marcha da RENAMO em Maputo.
Quelimane: Protesto arranca mesmo com chuva
A chuva não paralisou a marcha da RENAMO, esta manhã, na cidade de Quelimane. Vários cidadãos atenderam ao chamado do partido e saíra às ruas da capital provincial da Zambézia, centro de Moçambique.
Maputo: Milhares de cidadãos nas ruas
Milhares de pessoas acompanham a marcha na capital moçambicana entoando cânticos de apelo ao partido no poder para reconhecer a vitória da perdiz.
Alguns jovens acusam os órgãos eleitorais de inverdades eleitorais e viciação dos resultados a favor da FRELIMO.
Ao som de músicas de Azagaia, membros e simpatizantes da RENAMO caminham pelas ruas da cidade de Maputo.
A marcha da RENAMO decorre sem sobressaltos na capital moçambicana. A manifestação conta com a escolta da polícia, que está a regular o trânsito.
Maputo: Manuel de Araújo junta-se a Venâncio Mondlane na marcha
O autarca e cabeça de lista da RENAMO em Quelimane, Manuel de Aráujo, juntou-se à manifestação do seu partido em Maputo.
Logo à chegada, Araújo posou ao lado de Venâncio Mondlane, cabeça de lista da RENAMO na capital moçambicana.
Mondlane, por seu turno, acusou a FRELIMO de alegada fraude eleitoral e pediu a responsabilização criminal dos envolvidos nos supostos ilícitos.
"Deve ser dada a vitória à RENAMO, sem sombra de dúvida. Falsificar documentos é um crime gravoso… E é preciso a responsabilização criminal de todos os que falsificaram os resultados eleitorais", disse Mondlane pouco antes de a marcha arrancar em Maputo.