Funcionários das Finanças protestam contra erros na TSU
2 de novembro de 2022A contestação à nova Tabela Salarial Única (TSU) continua. Desta vez, os protestos chegaram ao Ministério da Economia e Finanças de Moçambique.
Testemunhas contaram à agência Lusa que os trabalhadores saíram dos seus gabinetes de trabalho, logo após o início de mais um dia laboral, aglomerando-se à porta da entrada principal.
Os funcionários dispersaram algumas horas depois, ainda no período da manhã, de forma espontânea, perante o olhar atento de elementos da Unidade de Intervenção Rápida e da Polícia de Proteção.
Num vídeo que registou a aglomeração e disseminado nas redes sociais ouve-se a voz de uma mulher a dizer: "Queremos o que é nosso de direito", numa alusão a casos de redução nos salários que o Governo já assumiu estarem a ser provocados por erros de enquadramento da nova TSU.
O Ministério da Economia e Finanças prometeu pronunciar-se brevemente sobre o assunto.
Outros setores em protesto
Numa nota que emitiu a 28 de outubro, a Associação Médica de Moçambique ameaçou realizar uma greve nacional para contestar irregularidades no seu enquadramento na TSU, aprovada e promulgada em outubro.
"A greve terá a duração de 21 dias prorrogáveis, com início às 07:00 do dia 07 de novembro", refere a Associação Médica de Moçambique, um dia após uma reunião nacional da classe que juntou médicos de todo o país.
Em cartas divulgadas nos meios de comunicação social, grupos de professores também ameaçam paralisar a atividade e boicotar os exames que vão começar nas próximas semanas, queixando-se de erros de integração nos novos escalões salariais no Estado.
O ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, disse em outubro no Parlamento que "há espaço" para os funcionários públicos apresentarem reclamações para a correção do seu enquadramento na nova TSU.