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Funcionários das Finanças protestam contra erros na TSU

Lusa
2 de novembro de 2022

Dezenas de funcionários do Ministério da Economia e Finanças concentraram-se esta quarta-feira em frente à sede da instituição, em Maputo, em protesto contra erros de enquadramento nos novos escalões salariais.

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Foto: Roberto Paquete/DW

A contestação à nova Tabela Salarial Única (TSU) continua. Desta vez, os protestos chegaram ao Ministério da Economia e Finanças de Moçambique.

Testemunhas contaram à agência Lusa que os trabalhadores saíram dos seus gabinetes de trabalho, logo após o início de mais um dia laboral, aglomerando-se à porta da entrada principal.

Os funcionários dispersaram algumas horas depois, ainda no período da manhã, de forma espontânea, perante o olhar atento de elementos da Unidade de Intervenção Rápida e da Polícia de Proteção.

Mosambik Ernesto Max Tonela
Max Tonela, Ministro da Economia e FinançasFoto: Sitói Lutxeque/DW

Num vídeo que registou a aglomeração e disseminado nas redes sociais ouve-se a voz de uma mulher a dizer: "Queremos o que é nosso de direito", numa alusão a casos de redução nos salários que o Governo já assumiu estarem a ser provocados por erros de enquadramento da nova TSU.

O Ministério da Economia e Finanças prometeu pronunciar-se brevemente sobre o assunto.

Outros setores em protesto

Numa nota que emitiu a 28 de outubro, a Associação Médica de Moçambique ameaçou realizar uma greve nacional para contestar irregularidades no seu enquadramento na TSU, aprovada e promulgada em outubro.

"A greve terá a duração de 21 dias prorrogáveis, com início às 07:00 do dia 07 de novembro", refere a Associação Médica de Moçambique, um dia após uma reunião nacional da classe que juntou médicos de todo o país.

Em cartas divulgadas nos meios de comunicação social, grupos de professores também ameaçam paralisar a atividade e boicotar os exames que vão começar nas próximas semanas, queixando-se de erros de integração nos novos escalões salariais no Estado.

O ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, disse em outubro no Parlamento que "há espaço" para os funcionários públicos apresentarem reclamações para a correção do seu enquadramento na nova TSU.