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Moçambique: Governo vai pagar horas extras aos médicos

Lusa
11 de julho de 2023

O Ministério da Saúde moçambicano disse que vai pagar a dívida referente a horas extraordinárias de 2022 e 2023 aos médicos a partir de agosto, no segundo dia da greve dos profissionais.

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Foto: Bernardo Jequete/DW

"A partir de agosto serão pagas as horas extras referentes a 2022 e 2023", disse Manuel Macebe, diretor adjunto dos recursos humanos no ministério, citado pela Rádio Moçambique.

A Associação Médica de Moçambique (AMM) cumpre esta terça-feira (11.07) o segundo dia da greve nacional de 21 dias em protesto contra cortes salariais e falta de pagamento de horas extraordinárias.

Manuel Macebe pediu que os médicos continuem a trabalhar com o ministério e com o Governo para, em conjunto, "ultrapassar as questões que estão a ser colocadas" na mesa de discussão pelos profissionais de saúde.

Em declarações à Lusa, na segunda-feira, Milton Tatia, presidente da AMM, classificou de "muito boa" a adesão à greve, referindo que estava previsto que paralisassem a atividade entre 2.000 e 2.500 médicos, incluindo os cerca de 1.600 membros da associação, mas o número exato de profissionais que estão a participar ainda terá de ser apurado.

É a segunda greve dos médicos em menos de um ano, após a suspensão de uma outra convocada em dezembro, com a ausência de resultados nos entendimentos alcançados com o Governo nas negociações realizadas no final do ano passado.

Além dos médicos, a Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique também esteve em greve no mês passado em contestação à aplicação da nova tabela salarial, tendo dado um prazo de 60 dias ao Governo para resolver, pelo menos, uma parte das reivindicações dos profissionais.

A implementação da nova tabela salarial na função pública está a ser alvo de forte contestação por parte de várias classes profissionais, com destaque para os médicos, juízes e professores.

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