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Moçambique: Nyusi fala sobre primeiros 100 dias de Governo

Lusa | tms
27 de abril de 2020

O Presidente da República de Moçambique apresenta esta segunda-feira (27.04) o estado atual do seu Goveno. Filipe Nyusi deve falar das perspetivas e desafios do país em plena crise do coronavírus.

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Foto: DW

Tal como em todo o mundo, a pandemia de Covid-19 foi um dos fatores com maior impacto nos primeiros 100 dias do segundo mandato de Filipe Nyusi, que começou a 15 de janeiro: obrigou o Governo moçambicano a rever planos, metas e a adaptar-se a uma nova realidade.

O crescimento económico que se previa pudesse ficar acima de 4% este ano, foi revisto em baixa, para um intervalo entre 2,2% e 3,8%.

Por outro lado, a decisão final de investimento de um dos três megaprojetos de gás da bacia do Rovuma foi adiada para data oportuna, anunciou a petrolífera ExxonMobil, no âmbito dos cortes provocados pela covid-19.

Os outros dois megaprojetos - um liderado pela Total na Área 1 e outro de uma plataforma flutuante da Área 4 - mantêm os prazos.

Mosambik Maputo | Einweihungszeremonie Filipe Nyusi, neuer Präsident
Cerimónia de posse do Presidente Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Momade

Ajuda ao país tem sido anunciada: o Fundo Monetário Internacional (FMI) decidiu na sexta-feira entregar 309 milhões de dólares ao Governo de Moçambique para combater a pandemia e aliviar a balança de pagamentos e o orçamento.

Consolidação da paz

Apesar dos efeitos do novo coronavírus, a prioridade de Nyusi para o mandato, a consolidação da paz na sequência do acordo com a oposição em agosto de 2019, permanece em marcha.

O chefe de Estado e o presidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Ossufo Momade, reuniram-se há 10 dias e defenderam a celeridade do desarmamento, desmobilização e reintegração dos guerrilheiros do principal partido de oposição.

No entanto, as maiores preocupações ao nível da segurança interna vão para a província de Cabo Delgado, cuja violência armada o Conselho Nacional de Defesa e Segurança classificou na última semana como uma ameaça terrorista externa.

Trata-se de um problema que persiste num país em que milhares de pessoas do norte e centro ainda recompõem a vida e procuram garantir segurança alimentar, um ano depois da destruição provocada pelos ciclones Idai e Kenneth, dois dos mais fortes de sempre no hemisfério e cujas atividades de reconstrução também constam dos planos de Governo.

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