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MPLA confia na vitória, sem pesquisas encomendadas

DW (Deutsche Welle) | Lusa
20 de agosto de 2022

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) encerrou a sua campanha para as eleições de 24 de agosto com um "ato político de massas" em Luanda. Partido afirma que reuniu 600 mil pessoas.

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Angola Luanda Wahlkampfveranstaltung der MPLA | Präsident Joao Lourenco
João Lourenço durante discurso neste sábado, em Luanda.Foto: JULIO PACHECO NTELA/AFP

Quebrar tabus e uma mão cheia de promessas foram os trunfos que o Presidente angolano e recandidato ao cargo voltou hoje a lançar perante os apoiantes, em Luanda, onde fez o comício de encerramento da campanha. 

A quatro dias das eleições em que os angolanos vão escolher um novo Presidente da República, João Lourenço, que se candidata a um novo mandato, saudou os observadores eleitorais e a imprensa internacional presente, declarando que "são bem-vindos para virem confirmar a vitória do MPLA e do seu candidato". 

O evento foi realizado no Camama, em Luanda, no mesmo local que o candidato do MPLA escolheu para lançar a sua campanha na corrida à presidência, nas eleições do próximo dia 24.

Em declarações aos jornalistas, Rui Falcão, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) disse que o comício juntou cerca de 600 mil pessoas e foi "ainda muito melhor" do que o primeiro ato.

Angola | Wahlen | MPLA Anhänger
Apoiador do MPLA a caminho do último comício do MPLA, realizado neste sábado.Foto: António Cascais/DW

Entusiasmo

"Essa é a qualidade de um partido como o nosso, há poucos em África e no mundo", sublinhou o porta-voz do MPLA, entusiasmado com a multidão que se concentrou hoje no Camama e que, acredita, "vai garantir a vitória do MPLA".

"Nós corremos de Cabinda ao Cunene e sempre foi esta moldura, nos termos da demografia de cada província", afirmou, desafiando os jornalistas a apontar um caso em que "eles"  - os rivais da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido da oposição), que não nomeou - "tenham vencido" em termos de adesão popular.

"A pancada é muito grande", insistiu o responsável, insistindo: "Comparem, o MPLA é o maior e o melhor partido de Angola". Para Rui Falcão, um comício como o de hoje "só um partido como o MPLA pode fazer".

"Um partido que tem sentido de Estado, que tem responsabilidade perante os povos e não faz arruaça em circunstância nenhuma", disse, prosseguindo: "Sempre defendemos o povo".

Questionado sobre a que arruaças se referia, respondeu: "Vocês sabem muito bem quem tem feito sempre arruaça neste país, quem vos levou a guerra, vocês sabem", disse aos jornalistas, afirmando que "este povo não perdoa isso".

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"Quem manda é o povo"

E deixou mais um recado aos jornalistas: "Compreendam isso, aqui quem manda é o povo angolano, sempre foi assim e foi por isso mesmo que derrotamos os racistas sul-africanos".

Sobre se o apoio manifestado ao MPLA hoje no ato de massas é também sentido na rua, Rui Falcão comentou: "Vão ver no dia 25, quando a Comissão Nacional Eleitoral divulgar os resultados, porque nós não encomendamos nem sondagens nem pesquisas, nós vivemos daquilo que o povo decide e o povo vai decidir nas urnas".

João Lourenço, que se candidata a um novo mandato presidencial, disputa a corrida eleitoral com outras sete formações políticas, das quais se destaca a UNITA e o seu líder, Adalberto da Costa Júnior, como principal adversário, numas eleições que se adivinham renhidas.

Mais de 14 milhões de angolanos estão habilitados a votar no dia 24 de agosto, em que se realizam eleições gerais para escolher o próximo presidente da República e representantes na Assembleia Nacional.

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