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Níger: Pelo menos oito mortos em ataque jihadista em Diffa

AFP | Lusa
30 de maio de 2021

Pelo menos quatro civis e quatro membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS) do Níger foram mortos num ataque 'jihadista' na sexta-feira em Diffa, no sudeste do país, perto da Nigéria, divulgou o Governo.

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Symbolild Niger Islamistischer Terrorismus
Imagem ilustrativaFoto: Issouf Sanogo/AFP/Getty Images

"O balanço provisório é o seguinte: lado amigável, quatro elementos das Forças de Defesa e Segurança do Níger e quatro civis mortos. Oito elementos das FDS e cinco civis feridos", revelou um relatório do Ministério da Defesa nigerino, transmitido na televisão pública no sádabo (29.05).

Do "lado inimigo: vários terroristas neutralizados (mortos), incluindo seis corpos abandonados", acrescentou.

A operação está em "curso" na área do ataque, adiantou o ministério.

De acordo com os moradores de Diffa, entre os elementos das FDS mortos estão dois polícias e os "civis foram atingidos principalmente por balas perdidas" durante os violentos confrontos.

Um balanço anterior do ataque comunicado no final da tarde do sábado (29.05) à agência France-Presse pelas autoridades de Diffa indicava três mortos.

O exército governamental destruiu sete veículos dos atacantes equipados com metralhadoras e recuperou armas e equipamentos.

Três viaturas, metralhadoras, lançadores de morteiros, um morteiro, uma importante quantidade de munições, duas bandeiras 'jihadistas', telemóveis, estupefacientes e seringas foram apreendidos, de acordo com o relatório das autoridades.

O grupo Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap) é o resultado de uma separação do grupo 'jihadista' Boko Haram.

Desde 2015, a cidade de Diffa tem sido alvo de vários ataques por membros de Boko Haram e Iswap, que provocaram vários mortes.

A região de Diffa, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), abriga 300.000 refugiados e deslocados, que fogem dos abusos dos 'jihadistas' desde 2015.

O conflito com os extremistas islâmicos do Boko Haram e Iswap já matou mais de 36.000 pessoas desde 2009 no nordeste da Nigéria e quase dois milhões de pessoas ainda não podem voltar para as suas casas.

O Níger também tem de enfrentar no Ocidente, nas suas fronteiras com o Mali e Burkina Faso, ataques frequentes de grupos 'jihadistas' do Sahel, incluindo o Estado Islâmico do Grande Sahara (EIGS).