Padeiros cedem e guineenses voltam a ter pão mais barato
2 de outubro de 2023"A partir de amanhã (terça-feira), o consumidor final terá pão a 150 francos cfa (0,22 euros)", garantiu o ministro das Finanças, Suleimane Seidi, secundado pelo presidente da associação de padeiros, Adulai Djalo.
Padeiros e Governo conversaram sobre a discórdia que provocou escassez de pão, há uma semana, numa reunião promovida pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.
O chefe de Estado tinha mandado os padeiros continuarem a vender o pão a 200 cfa (0,30 euros), depois destes profissionais terem iniciado um protesto em que exigiram a redução do preço da farinha para poderem vender mais barato.
O protesto começou logo que entrou em vigor, a 24 de setembro, a redução de 200 para 150 cfa incluídas nas medidas do Governo para atenuar o custo de vida e que começaram por baixar o preço do arroz, o principal alimento da população guineense.
Os padeiros tradicionais pararam os fornos e retomaram a produção com o preço antigo de 200 cfa, depois da primeira reunião com o Presidente da República, na qual Sissoco Embaló se comprometeu a chamar as partes para discutirem o assunto.
Governo vai continuar contactos com importadores
O chefe de Estado juntou hoje todos os intervenientes, que, no final da reunião, anunciaram que chegaram a consenso e que a partir de amanhã (terça-feira) os padeiros voltam a vender pão a 150 cfa ao consumidor final.
O ministro das Finanças disse que o Presidente da República "recomendou ao Governo continuar o diálogo com os padeiros e com os principais operadores do ramo, com vista a recolher eventuais elementos que possam justificar qualquer alteração".
"Por enquanto, é este o preço a que se chegou e que vai vigorar nos próximos tempos", garantiu, afirmando que "o Governo vai continuar os contactos com as partes, nomeadamente com os importadores e produtores para, se se justificar, no futuro fazer outra alteração".
Junto com o pão, o Governo baixou também o preço da farinha de 29.000 (44 euros), o saco de 50 quilos, para 24.600 (37 euros), preço que entrou também em vigor a 24 de setembro.
Os padeiros continuam a reivindicar uma redução mais acentuada do preço da farinha e alegam que têm prejuízo se o saco custar mais do que 17.500 cfa (26 euros).