Perseguição a insurgentes continua em Mocímboa da Praia
12 de agosto de 2021"A vila de Mocímboa da Praia continua calma e continuamos empenhados na desativação de alguns focos de presença dos terroristas", afirmou Alexandre Sitoe, oficial da Marinha de Guerra de Moçambique, em declarações à emissora pública Rádio Moçambique, a partir daquela vila, esta quinta-feira (12.08).
Alexandre Chongo avançou que as forças conjuntas posicionaram-se nas possíveis linhas de fuga dos insurgentes em Cabo Delgado, visando impedir que os que ainda permanecem escondidos na vila possam escapar.
Os rebeldes que conseguiram fugir, prosseguiu, saíram em debandada, na sequência do ataque da manhã de domingo à vila de Mocímboa da Praia, acrescentou. Deixaram muito material bélico e diversos produtos roubados à população, prosseguiu o oficial.
Uma operação conjunta das forças governamentais moçambicanas e ruandesas reconquistou a estratégica vila portuária de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique. A vila, que além do porto conta com um aeródromo, estava ocupada pelos rebeldes desde 23 de março do ano passado, numa ação depois reivindicada pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico.
Apelo à juventude
Numa mensagem por ocasião do Dia Internacional da Juventude, que se assinala esta quinta-feira, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, pediu "um compromisso com a pátria" aos jovens militares em missão contra os grupos armados em Cabo Delgado, saudando o seu empenho na defesa da soberania.
"Auguramos que, tal como os jovens do 25 de setembro de 1964 [que lutaram contra o colonialismo português], a nossa juventude contemporânea se comprometa, cada vez mais, à causa da nossa pátria", afirma Nyusi, na mensagem.
O chefe de Estado pediu à juventude do país para se mobilizar na defesa da soberania, inspirando-se na resistência secular contra a dominação estrangeira.
Outra frente de combate, prosseguiu, é a eliminação da pobreza e da fome rumo à prosperidade de Moçambique. Filipe Nyusi desafiou os jovens a trabalharem pelo "aumento da produção alimentar nacional, rumo a fome zero, tornando, deste modo, a fome uma narrativa do passado em Moçambique".