Piratas sequestram 12 em águas nigerianas
23 de setembro de 2018A companhia suiça Massoel Shipping informou que seu navio graneleiro “MV Glarus”, com 19 tripulantes a bordo, foi atacado no início da manhã deste sábado (22.09), quando transportava trigo a granel da capital comercial da Nigéria, Lagos, para o centro petrolífero sulista de Port Harcourt.
Durante o ataque, a 45 milhas náuticas a sudoeste de Bonny Island, "a gangue pirata embarcou no Glarus por meio de longas escadas e cortou o arame farpado no convés para ter acesso ao navio e eventualmente à ponte", informou a empresa em comunicado enviado para a agência AFP.
"Tendo destruído grande parte do equipamento de comunicações da embarcação, a gangue criminosa partiu levando 12 dos 19 tripulantes como reféns", acrescentou a nota.
O porta-voz da Massoel, Patrick Adamson, disse à AFP que este foi o segundo maior número de pessoas retiradas de um navio no delta do petróleo a sudeste da Nigéria este ano.
"Os piratas geralmente não fazem contatos nas primeiras 48 horas, então não temos novas notícias", acrescentou Admson.
Por razões de segurança, nem as identidades nem as nacionalidades dos reféns seriam divulgadas, disse ele.
Mais de 60 tripulantes foram reportados como sequestrados no ano passado nas águas da Nigéria, o maior produtor de petróleo de África, embora muitos ataques não tenham sido divulgados.
A companhia de navegação sediada em Genebra disse que "todas as autoridades apropriadas foram notificadas" e especialistas foram chamados para "garantir a libertação rápida e segura dos seuquestrados".
"As famílias estão sendo mantidas bem informadas sobre a situação," afirmou a empresa.
O Ministério das Relações Exteriores da Suíça disse que "foi informado do ataque ao Glarus, uma embarcação que estava a navegar sob uma bandeira suíça ao longo da costa nigeriana".
O Escritório de Navegação Marítima da Suíça estava em contato com o operador da embarcação, acrescentou.
De acordo com o Bureau Marítimo Internacional, um grupo global de observação antipirataria, embora a pirataria marítima e o assalto armado tenha diminuído em 2017, o perigo persiste no Golfo da Guiné.