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CriminalidadeMoçambique

Moçambique: Autoridades "a trabalhar" para esclarecer raptos

Lusa
20 de abril de 2021

O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) condenou a onda de raptos que se regista no país e garantiu que as autoridades "estão a trabalhar" para esclarecer os casos. Três ocorreram na última semana.

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Bernardino RafaelFoto: DW/D. Anacleto

"Lamentamos e condenamos este tipo de crime, que não têm razão de existir", declarou à comunicação social Bernardino Rafael, à margem de um evento público.

Desde janeiro, segundo o comandante-geral da polícia moçambicana, as autoridades registaram quatro raptos, incluindo de uma cidadã portuguesa, um dos quais já esclarecido.

"Há um trabalho que está sendo feito por todas forças intervenientes, incluindo os órgãos de justiça, para poder esclarecer os restantes três casos", declarou Bernardino Rafael na segunda-feira (19.04).

Dos quatro casos registados neste ano, três ocorreram na última semana. Na noite de quinta-feira (08.04), um empresário do ramo do entretenimento foi raptado na cidade de Quelimane, na província da Zambézia, no centro de Moçambique, depois de no dia 11 ter sido raptado um outro empresário, de nacionalidade indiana, numa das avenidas da capital moçambicana, Maputo.

No dia 13, uma mulher de 49 anos, de nacionalidade portuguesa, foi raptada à saída do consulado de Portugal, também em Maputo.

Vítimas são empresários ou familiares

Desde o início de 2020, as autoridades moçambicanas registaram mais de 10 raptos, cujas vítimas são empresários ou seus familiares.

Numa declaração à comunicação social em Maputo, na segunda-feira (19.04), a ministra da Justiça de Moçambique, Helena Kida, defendeu a "aposta no efeito repressivo" para travar a onda de raptos no país, manifestando "muita preocupação" face ao recrudescimento deste tipo de crime.

Em outubro daquele ano, um grupo de empresários na cidade da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique, paralisou, por três dias, as suas atividades em protesto contra a onda de raptos no país.

A CTA - Confederação das Associações Económicas de Moçambique, maior agremiação patronal do país, também já exigiu por diversas ocasiões um combate severo a este tipo de crime e até o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, já pediu mais medidas.

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