Processo contra Teodorin Obiang em França adiado para junho
4 de janeiro de 2017A justiça francesa aceitou esta quarta-feira (04.01) adiar para junho o processo, em Paris, de Teodorin Obiang, filho do Presidente da Guiné Equatorial e vice-presidente do país, acusado de ter fraudulentamente reunido em França um património considerável, financiado em parte por dinheiro de corrupção e do desvio de fundos públicos no seu país, membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
As futuras datas de audiência estiveram em discussão durante a manhã desta quarta-feira (04.01) e a juíza presidente propôs que o primeiro processo sobre o caso dos "ganhos ilícitos" comece a 19 de junho e decorra até 6 de julho. Nove audiêencias serão agendadas.
Mais tempo para preparar a defesa de ObiangO advogado de Teodorin Obiang tinha pedido o adiamento do processo, alegando que a defesa precisava de mais tempo para preparar a defesa.
Ex- ministro da Agricultura e Florestas, promovido em finais de junho do ano passado a vice-presidente pelo seu pai Teodoro Obiang Nguema, Teodorin Obiag, de 47 anos de idade, é acusado de abuso de bens sociais, desvio de dinheiros públicos, abuso de confiança e corrupção. Ele pode ser condenado a uma pena de até dez anos de prisão e uma multa que pode atingir os 50 milhões de euros, mas contesta as acusações apresentadas contra ele.
Antigo ministro da Agricultura e Florestas, promovido em finais de junho vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodorin Obiang, de 47 anos, está a ser julgado por abuso de bens sociais, desvio de dinheiros públicos, abuso de confiança e corrupção.
Primeiro julgamento em França sobre "ganhos ilícitos"
Este é o primeiro julgamento francês sobre "ganhos ilícitos", caso que visa as condições de aquisição de património significativo em França por parte de vários líderes africanos.
A justiça francesa investiga igualmente os patrimónios reunidos em França pelas famílias de vários outros dirigentes africanos, como Denis Sassou Nguesso (Congo), do já falecido Omar Bongo (Gabão) ou ainda do Presidente da República Centro Africana derrubado François Bozizé.