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Queda do preço de matérias-primas já afeta os CFM

Romeu da Silva (Maputo)16 de abril de 2015

2014 foi um bom ano para a empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique. Mas agora, com a queda do preço do carvão e do petróleo a nível global, os CFM temem a vinda de tempos difíceis.

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Linha de Sena, terminal de Moatize, província de TeteFoto: DW/J. Beck

A empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, CFM, já sente a baixa nos mercados internacionais dos preços de matérias-primas como o carvão e o petróleo.

Esta constatação é feita pelo presidente do Conselho de Administração da empresa moçambicana, Vitor Borges: "O que vamos fazer é monitorar a economia internacional e os preços das principais comodities que passam pelos nossos portos e tentar soluções criativas. Essas comodities, como o petróleo, carvão e magnetite, não são as únicas cargas, mas sim as tradicionais nas linhas férreas e onde vamos agora nos concentrar."

Os Caminhos de Ferro de Moçambique dizem, no entanto, que para já, estão a responder positivamente à conjuntura internacional difícil. Segundo Vitor Borges, a empresa transportou mais de quatro milhões de toneladas por quilómetro em 2014.

Um aumento da carga em relação ao ano anterior, em que se transportou pouco mais de três milhões. Segundo Victor Borges, "este volume representa 95% do transporte efetuado em todas as linhas geridas pelos Caminhos de Ferro de Moçambique."

Kohlemine Minas de Moatize
Mina de carvão mineral de Moatize, TeteFoto: DW/ J.Beck

Pelo facto, o responsável da empresa está otimista: "Perante estes resultados que naturalmente nos animam, assumimos o compromisso e o desafio de prosseguir e fazer com que a nossa empresa continue a registar esses índices de crescimento de modo que possamos contribuir para o desenvolvimento do nosso país."

Apostar mais nos países do "hinterland" é a solução?

Mas, a crise poderá alterar brevemente esses números positivos referentes à gestão dos Caminhos de Ferro de Moçambique e por isso, o Governo moçambicano quer que os CFM encontrem uma resposta rápida, para o manuseamento da carga nacional e a dos países do interior que não têm acesso ao mar. Pedro Inglês, do ministério dos Transportes e Comunicações, espera muito dinamismo nas operações nos três corredores ferroviários de Moçambique: "No corredor do Norte esperamos ver a breve trecho o início das operações na linha férrea que liga Moatize a Nacala Velha, passando pelo Malawi e pelo centro. A conclusão das obras de reabilitação e o aumento das capcidades das linhas de Sena e de Machipanda vão dinamizar aquela parcela do país, bem como o incremento das trocas comerciais entre o nosso país e o vizinho Malawi."

Bildergalerie Corredor de Nacala
Corredor de Nacala. É a maior aposta ferroviária do paísFoto: DW/J. Beck

Quando a região sul do país, o funcionário deste ministério diz: que no sistema portuário sul, "a implementação do projeto de reabilitação, modernização e expansão da linda de Ressano Garcia, portos da Matola e gare de mercadorias, são alguns exemplos de resultados a médio prazo que esperamos atingir e concretizados sob a liderança da empresa Portos e Caminhos de Ferro."

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