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Rússia está disponível para perdoar dívida da Guiné-Bissau

Lusa
27 de janeiro de 2023

O Governo guineense anunciou esta sexta-feira que a Rússia manifestou-se disponível perdoar a totalidade da dívida da Guiné-Bissau. A Rússia conta com a presença guineense na cimeira Rússia-África.

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Russland | Umaro Sissoco Embaló und Wladimir Putin
Foto: Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin/REUTERS

Segundo uma nota à imprensa do Ministério das Finanças guineense, o embaixador da Rússia na Guiné-Bissau, Alexander Egorov, reuniu-se esta sexta-feira (27.01) com o secretário de Estado do Tesouro, Mamadu Baldé, a quem manifestou a vontade de Moscovo de "perdoar toda a dívida".

O Ministério das Finanças refere que a dívida ronda 26 milhões de dólares (23,9 milhões de euros), mas parte substancial daquele valor já tinha sido perdoado no âmbito do Clube de Paris, em maio de 2011.

"A parte remanescente classificada como a dívida comercial", explica o Ministério das Finanças, é "referente ao arrendamento da embaixada da Guiné-Bissau em Moscovo", no valor de mais de um milhão de dólares.

"Nós estamos abertos a perdoar toda a dívida da Guiné-Bissau", disse o diplomata russo, citado na nota à imprensa, durante a audiência com secretário de Estado do Tesouro da Guiné-Bissau.

Mamadu Baldé, diz ainda a nota, reiterou a vontade do Governo guineense em honrar "todos os compromissos assumidos" no âmbito da dívida pública.

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"Uma das exigências feitas pelo Fundo Monetário Internacional é resolver o problema da dívida", disse Mamadu Baldé, que prometeu dar uma resposta adequada.

O Ministério das Finanças indica também que o embaixador da Rússia disse que Moscovo "aguarda com expectativa a participação da Guiné-Bissau na cimeira Rússia-África", prevista para julho, em São Petersburgo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa,Serguei Lavrov, visitou no início desta semana quatro países de África para tentar recolher mais apoio às ações do Kremlin no território ucraniano.

No ano passado, Lavrov visitou, por exemplo, o Uganda e a Etiópia em resposta à tentativa de isolamento por parte da União Europeia, os Estados Unidos da América e outros países, em resposta à invasão da Ucrânia que começou em 24 de fevereiro.

Em Luanda, capital de Angola, Sergei Lavrov anunciou uma cimeira entre a Rússia e vários países de África, em julho, em São Petersburgo.

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