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Rússia: Suspeitos de ataque em Moscovo em prisão preventiva

DW (Deutsche Welle) | AFP | DPA | Reuters
25 de março de 2024

Um tribunal da Rússia acusou de terrorismo quatro suspeitos detidos na sequência do atentando ao Crocus City Hall, um grande complexo comercial no arredores de Moscovo. Número de mortos já passa dos 130.

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Quatro dos 11 detidos em Moscovo estão em prisão preventiva acusados de terrorismo
Quatro dos 11 detidos em Moscovo estão em prisão preventiva acusados de terrorismoFoto: Sefa Karacan/Anadolu/picture alliance

O tribunal distrital de Basmanny, em Moscovo, ordenou esta segunda-feira (25.03) a prisão preventiva, durante dois meses, de quatro suspeitos do ataque mortal a uma sala de concertos na sexta-feira.

O Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu punir os responsáveis pelo atentado, cujo número de mortos subiu para pelo menos 137. Mais de 100 pessoas continuam estão hospitalizadas.

Os quatro principais suspeitos, com idades compreendidas entre os 19 e os 32 anos e identificados pelos meios de comunicação social russos como cidadãos do Tajiquistão, foram acusados de cometer um ataque terrorista. A pena máxima é de prisão perpétua.

Mais de 5.000 pessoas estavam no complexo Crocus City Hall no momento do atentado
Mais de 5.000 pessoas estavam no complexo Crocus City Hall no momento do atentadoFoto: Vyacheslav Prokofyev/picture alliance/dpa/TASS

Os suspeitos começaram a comparecer em tribunal pouco antes das 23 horas locais de domingo, com os rostos cobertos. Um dos homens, numa cadeira de rodas e com uma bata de hospital, terá sido trazido dos cuidados intensivos.

Os quatro compareceram separadamente, tendo sido conduzidos para uma gaiola na sala de audiências por agentes do Serviço Federal de Segurança. Dois dos arguidos declararam-se culpados, segundo o tribunal.

Os quatro, alegadamente os atiradores do ataque, fazem parte de um grupo de 11 pessoas detidas pela polícia por causa do ataque.

O que se sabe sobre o atentado

O domingo foi declarado dia de luto nacional na Rússia, com eventos cancelados e bandeiras arriadas a meia haste.

O ataque à sala de espetáculos foi o incidente mais mortífero das últimas duas décadas no país. Homens armados e camuflados invadiram o local e dispararam balas contra as pessoas, pouco antes de o grupo de rock da era soviética Picnic apresentar o seu êxito "Afraid of Nothing". Após o tiroteio, os atacantes incendiaram o edifício e fugiram do local, segundo os investigadores russos.

O domingo foi marcado por homenagens às vitimas do atentantdo em Moscovo
O domingo foi marcado por homenagens às vitimas do atentantdo em MoscovoFoto: Vyacheslav Prokofyev/TASS/dpa/picture alliance

Mais de 5.000 pessoas encontravam-se no edifício, segundo os meios de comunicação social russos, que citaram um porta-voz do proprietário do local.

O autointitulado Estado Islâmico, que tem a sua base no Afeganistão e no Paquistão, reivindicou a autoria do ataque. O grupo terrorista divulgou entretanto imagens do atentado e as autoridades norte-americanas dizem acreditar na reivindicação.

Os quatro principais suspeitos foram alegadamente detidos na região de Bryansk, cerca de 340 quilómetros a sudoeste de Moscovo.

Putin não mencionou publicamente o envolvimento do grupo islâmico, mas afirma que os atacantes estavam a tentar fugir para a Ucrânia. Kiev negou veementemente qualquer ligação.