Sociedade civil pede à ONU para governar a Guiné-Bissau
7 de março de 2016Publicidade
A Missão do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) esteve na Guiné-Bissau na tenativa de resolver o impasse político que se vive no país. Durante a curta visita foram mantidos vários encontros com o intuito de tentar mediar a crise guineense.
No balanço final da missão que durou pouco mais de quatro horas, o chefe da delegação, o angolano Ismael Martins, disse que foi a Bissau para pedir às autoridades do país que deixem as instituições funcionarem normalmente e que as leis sejam aplicadas. "Eu penso que agora vamos deixar as instituições funcionar. Os partidos têm de funcionar. Onde houver incumprimento das regras dos partidos, é preciso que eles saibam aplicar aquilo que são as suas próprias normas, para que sejam legitimados e o Parlamento a mesma coisa. As regras têm de ser cumpridas, são regras básicas", afirmou Ismael Martins.
A missão reuniu-se com o Presidente da República, José Mário Vaz, o chefe do Governo, Carlos Correia, com a mesa da Assembleia Nacional Popular e com os dois principais partidos políticos no parlamento: o PAIGC e o PRS.
Ismael Martins vê maturidade política nas ações dos políticos guineenses e acredita que com um pouco de paciência o problema poderá ser resolvido: "Ninguém está acima da lei e penso que com estas palavras todas, saímos com a sensação de que com mais paciência, com mais procura e abertura, encontraremos uma saída", salientou.
O diplomata angolano disse que a comunidade internacional está apressada em ver a Guiné-Bissau ultrapassar a crise para poder beneficiar dos contributos dos parceiros. Ismael Martins deixou claro que o Conselho de Segurança não propôs nenhuma solução para a saída da crise. "Nós não impusemos nada a ninguém. Nós queremos regras, queremos cumprimento da lei e justamente o combate ao incumprimento da lei e das normas. Só se vê investir em países onde há normas e onde há regras", garantiu.
"Exigimos que a Guiné-Bissau passe a ser administrada pela ONU"
O movimento Cidadãos de Mundo, liderado pelo jornalista da televisão pública Tony Goia, aproveitou a ocasião para entregar uma petição onde solicita que as Nações Unidas venham a assumir a administração da Guiné-Bissau para evitar as crónicas instabilidades políticas do país: "Entregámos a nossa petição e exigimos que a Guiné-Bissau passe a ser administrada pela ONU, uma vez que os políticos deste país já mostraram que não têm capacidade de o desenvolver e tirá-lo desta miséria".
O jornalista acrescenta ainda que " o problema da Guiné-Bissau é uma crise de liderança. Faz-se mil eleições e a crise mantém-se. Os políticos da Guiné-Bissau não pensam no povo, mas sim nos seus interesses. Vê-se a ostentação que fazem a olho nu, mas o povo vive na miséria. Queremos que a ONU administre o país".
Para o primeiro-ministro, Carlos Correia, não existe crise política na Guiné-Bissau, alegando que as instituições da República estão em pleno funcionamente e acrescenta que a crise foi fabricada. "Disse aos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas que a crise propriamente dita não existe. E que foi inventada. Só pode ser arbitrada a nível das instituições competentes e não através de diálogo com grupinhos", garantiu.
Entretanto, na próxima quarta-feira, dia 9 de março, chega à Guiné-Bissau uma delegação do Conselho de Paz e Segurança da União Africana.
No balanço final da missão que durou pouco mais de quatro horas, o chefe da delegação, o angolano Ismael Martins, disse que foi a Bissau para pedir às autoridades do país que deixem as instituições funcionarem normalmente e que as leis sejam aplicadas. "Eu penso que agora vamos deixar as instituições funcionar. Os partidos têm de funcionar. Onde houver incumprimento das regras dos partidos, é preciso que eles saibam aplicar aquilo que são as suas próprias normas, para que sejam legitimados e o Parlamento a mesma coisa. As regras têm de ser cumpridas, são regras básicas", afirmou Ismael Martins.
A missão reuniu-se com o Presidente da República, José Mário Vaz, o chefe do Governo, Carlos Correia, com a mesa da Assembleia Nacional Popular e com os dois principais partidos políticos no parlamento: o PAIGC e o PRS.
Ismael Martins vê maturidade política nas ações dos políticos guineenses e acredita que com um pouco de paciência o problema poderá ser resolvido: "Ninguém está acima da lei e penso que com estas palavras todas, saímos com a sensação de que com mais paciência, com mais procura e abertura, encontraremos uma saída", salientou.
O diplomata angolano disse que a comunidade internacional está apressada em ver a Guiné-Bissau ultrapassar a crise para poder beneficiar dos contributos dos parceiros. Ismael Martins deixou claro que o Conselho de Segurança não propôs nenhuma solução para a saída da crise. "Nós não impusemos nada a ninguém. Nós queremos regras, queremos cumprimento da lei e justamente o combate ao incumprimento da lei e das normas. Só se vê investir em países onde há normas e onde há regras", garantiu.
"Exigimos que a Guiné-Bissau passe a ser administrada pela ONU"
O movimento Cidadãos de Mundo, liderado pelo jornalista da televisão pública Tony Goia, aproveitou a ocasião para entregar uma petição onde solicita que as Nações Unidas venham a assumir a administração da Guiné-Bissau para evitar as crónicas instabilidades políticas do país: "Entregámos a nossa petição e exigimos que a Guiné-Bissau passe a ser administrada pela ONU, uma vez que os políticos deste país já mostraram que não têm capacidade de o desenvolver e tirá-lo desta miséria".
O jornalista acrescenta ainda que " o problema da Guiné-Bissau é uma crise de liderança. Faz-se mil eleições e a crise mantém-se. Os políticos da Guiné-Bissau não pensam no povo, mas sim nos seus interesses. Vê-se a ostentação que fazem a olho nu, mas o povo vive na miséria. Queremos que a ONU administre o país".
Para o primeiro-ministro, Carlos Correia, não existe crise política na Guiné-Bissau, alegando que as instituições da República estão em pleno funcionamente e acrescenta que a crise foi fabricada. "Disse aos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas que a crise propriamente dita não existe. E que foi inventada. Só pode ser arbitrada a nível das instituições competentes e não através de diálogo com grupinhos", garantiu.
Entretanto, na próxima quarta-feira, dia 9 de março, chega à Guiné-Bissau uma delegação do Conselho de Paz e Segurança da União Africana.
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